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Advogados de Rosell dizem que buscarão indenização por prisão após absolvição

24/04/2019 14h29

Barcelona (Espanha), 24 abr (EFE).- O advogados do ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, absolvido nesta quarta-feira das acusações de lavagem de dinheiro em comissões recebidas pelo ex-mandatário da CBF Ricardo Teixeira, garantiram que buscarão indenização ao cliente, que ficou preso por 22 meses.

Pau Molins e Andrés Maluenda, em entrevista coletiva, classificaram a prisão preventiva do antigo executivo da Nike no Brasil, como "abusiva e desproporcional e que planejam buscar as responsabilidades envolvendo o caso.

"Este é um caso paradigmático, do que não pode ser um procedimento penal. Cheio de irregularidades. O sistema falhou", garantiu Molins.

Para os advogados, não havia fundamentação legal suficiente para que fossem adotadas medidas cautelaras contra Rosell, que, na opinião de ambos, não deveria ter sido privado da liberdade.

A justiça da Espanha absolveu o dirigente da acusação do Ministério Público, que pedia seis anos de prisão como pena, por considerar o princípio de que, em caso de dúvida, se beneficia o réu.

Além de Rosell, também foram absolvidos outros cinco acusados de lavar 20 milhões de euros de comissões pagas pelos direitos audiovisuais de 24 jogos da seleção brasileira e de um contrato com a Nike.

São eles: o advogado andorrano Joan Besolí, que, assim como Rosell passou 22 meses em prisão preventiva; a mulher do ex-presidente do Barcelona, Marta Pineda; o empresário libanês Shahe Ohanneissian e outros dois supostos "laranjas", Pedro Andrés Ramos e Josep Colomer. EFE