Athletico Paranaense perde e depende do Boca para se classificar hoje
Cochabamba (Bolívia), 24 abr (EFE).- O Athletico Paranaense poderia ter confirmado a classificação para as oitavas de final da Taça Libertadores se tivesse vencido o Jorge Wilstermann nesta quarta-feira, em Cochabamba, mas foi derrotado por 3 a 2 e depende do Boca Juniors para se colocar entre os 16 melhores ainda hoje.
O Wilstermann se colocou à frente no placar duas vezes, com gols de Pedriel e Ortiz, e o Athletico buscou o empate em ambas, com Ballivián, contra, e Ruben, mas Melgar converteu cobrança de pênalti - a terceira da partida no estádio Félix Capriles - e confirmou o trinfo dos donos da casa.
Apesar do revés, o Furacão ainda lidera o grupo, com nove pontos, e avançará caso o Boca, segundo colocado com sete, ao menos empate com o Tolima, lanterna com quatro, na Colômbia. O representante boliviano subiu para terceiro, com cinco. Se o atual vice-campeão da Libertadores for derrotado, o time dirigido por Tiago Nunes precisará somar um ponto em La Bombonera na última rodada, marcada para 9 de maio.
O Athletico entrou em campo com dois desfalques, o zagueiro Thiago Heleno, preservado do jogo na altitude de 2.560 metros por avaliação da equipe de fisiologistas, e o meia Lucho González, com lesão muscular.
No Wilstermann, o técnico espanhol Miguel Ángel Portugal, ex-Furacão, foi demitido após a derrota o Oriente Petrolero, em seus domínios, por 1 a 0. O resultado jogou a equipe para o sexto lugar do Torneio Apertura do Campeonato Boliviano.
Substituto interno, Norberto Kekes surpreendeu ao deixar os brasileiros Alex Silva - ex-zagueiro de São Paulo, Flamengo e Cruzeiro, entre outros - e Lucas Gaúcho fora inclusive do banco. O meia-atacante Serginho foi titular.
Mesmo fora de casa, o atual campeão da Sul-Americana começou atacando mais e levou perigo duas vezes nos instantes iniciais. Aos três minutos do primeiro tempo, Nikão cobrou falta e Ruben cabeceou rente à trave direita. Aos seis, quem levantou foi Bruno Guimarães, e Léo Cittadini estava pronto para conferir, mas Reyes cortou.
Aos poucos, o Wilstermann foi ganhando terreno, mas só chegava com lançamentos e chutes de longe. Até que aos 22 a defesa falhou ao cortar o escanteio, Pedriel ficou com a sobra e chutou forte para fazer 1 a 0.
Os donos da casa poderiam ter feito o segundo aos 30, mas pecaram no arremate. Chávez acelerou, Serginho arriscou e carimbou a zaga. Ortiz ainda recolheu, mas concluiu por cima do travessão.
O momento parecia favorável aos donos da casa, mas o Athletico empatou aos 39 com um pouco de sorte. Renan Lodi avançou pela ponta e cruzou fechado com força. Ballivián tentou cortar e marcou contra.
Logo depois do intervalo, aos cinco minutos da segunda etapa, o vencedor do último Torneio Apertura boliviano voltou a liderar o placar. Serginho cabeceou, a bola bateu na mão de Jonathan, e o árbitro marcou pênalti. Ortiz cobrou tirando de Santos, que caiu para o outro lado, e fez 2 a 1.
A alegria da torcida local durou apenas seis minutos, tempo necessário para que o Athletico voltasse a igualar, também em penalidade. Rena Lodi foi derrubado na área, Ruben chutou no canto esquerdo, também deslocando o goleiro, e empatou.
Nenhuma das equipes se deu por satisfeita com o 2 a 2, e o jogo então ficou lá e cá. Aos 24 minutos, Serginho cruzou mirando Álvarez, que não completou por centímetros. Mais tarde, aos 32, Renan Lodi recebeu com espaço pela ponta esquerda, mas demorou a definir e teve de se contentar com o escanteio.
Centroavante de bom posicionamento, Pedriel deu bastante trabalho à defesa athleticana. Aos 36, Ballivián levantou da esquerda na medida para o camisa 18, que cabeceou rente à trave.
No terceiro pênalti do jogo, aos 42, veio o gol da vitória do Wilstermann. Ortiz finalizou de fora, e a bola acertou a mão de Paulo André. Melgar, que havia substituído Chávez, bateu, Santos desta vez acertou o canto, mas não evitou o desempate.
Ficha técnica:.
Jorge Wilstermann: Giménez; Ballivián, Montero, Reyes e Aponte; Saucedo, Ortiz e Chávez (Melgar); Serginho, Álvarez (Bruno Miranda) e Pedriel (Meleán). Técnico: Norberto Kekes.
Athletico Paranaense: Santos; Jonathan, Paulo André, Léo Pereira e Renan Lodi; Camacho (Romero), Léo Cittadini (Tomás Andrade) e Bruno Guimarães; Nikão, Rony (Marcelo Cirino) e Ruben. Técnico: Tiago Nunes.
Árbitro: Mario Díaz de Vivar (Paraguai), auxiliado pelos compatriotas Eduardo Cardozo e Darío Gaona.
Cartões amarelos: Camacho, Paulo André e Nikão (Athletico Paranaense).
Gols: Pedriel, Ortiz e Melgar (Jorge Wilstermann); Ballivián (contra) e Ruben (Athletico Paranaense).
Estádio: Félix Capriles, em Cochabamba (Bolívia). EFE
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