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Hotel onde ocorreu doping de Guerrero acusa defesa de atacante de suborno

Paolo Guerrero, durante derrota do Peru contra a França - REUTERS/Jason Cairnduff
Paolo Guerrero, durante derrota do Peru contra a França Imagem: REUTERS/Jason Cairnduff

21/05/2019 02h03

O hotel em Lima processado pelo atacante Paolo Guerrero, do Internacional e da seleção peruana, por considerá-lo culpado do seu caso de doping, denunciou na segunda-feira que a esposa de um dos advogados do jogador tentou subornar testemunhas para que supostamente deem falsos testemunhos a favor do atleta.

Em comunicado divulgado pelos veículos de imprensa locais, o Swissotel anunciou que processará Valeria Arroyo pelo suposto crime de obstrução de justiça em resposta às declarações de vários ex-funcionários do hotel divulgadas pela mídia local semanas atrás, nos quais endossaram a versão de Guerrero.

Capitão da seleção peruana e pré-convocado para a Copa América, sustenta que seu resultado positivo para benzoilecgonina, um metabolito da coca, aconteceu porque durante concentração no hotel, ingeriu um chá de um recipiente mal lavado que tinha restos de chá de coca, uma bebida típica dos países andinos.

Embora os níveis da substância proibida fossem mínimos, Guerrero foi suspenso pelo Tribunal de Arbitragem do Esporte (TAS) por 14 meses, uma sanção que terminou no início de abril, depois de ter obtido nos tribunais da Suíça uma interrupção temporária da punição para disputar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

No comunicado, o hotel reiterou sua versão que "nunca existiu a contaminação cruzada por uma jarra de chá de coca mal lavada" e se considerou vítima de uma campanha difamatória fomentada por Guerrero desde novembro de 2017.

Ele acusou o atacante de pretender "uma indenização por um fato que jamais ocorreu e que eles chamaram de contaminação cruzada", corroborada por três ex-funcionários do hotel que acusaram seus chefes de supostamente doutriná-los com uma versão falsa que deveriam dar quando fossem interrogados pelas autoridades.

O Swissotel afirmou que não divulgou anteriormente as evidências contrárias à versão de Guerrero, por causa do "respeito pela alegria do país em se classificar para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia".