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Pole em Mônaco, Hamilton comemora volta quase perfeita e homenageia Lauda

25/05/2019 14h01

Redação Central, 25 mai (EFE).- Eufórico depois de conseguir a pole position para o Grande Prêmio de Mônaco neste sábado, o britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, comemorou a volta perfeita nas ruas do principado para superar seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas, e fez uma homenagem a Niki Lauda, lenda da Fórmula 1, que morreu aos 70 anos na última segunda-feira.

"Eu sempre fui rápido aqui, mas nunca consegui a volta perfeita. Hoje foi o mais perto que pude chegar dela. Essa foi para Niki", disse Hamilton, visivelmente emocionado, em homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1, que trabalhou como diretor da Mercedes e foi peça fundamental para a contratação do britânico pela escuderia.

Hamilton completou a volta com 1min10s166, apenas 86 milésimos de segundo a frente de Bottas, e estabeleceu o novo recorde da pista.

"Foi uma grande batalha com Valtteri. Ele foi rápido durante todo o fim de semana. Eu tirei o máximo do carro", destacou o britânico.

"O que as pessoas têm que entender é que todos os pilotos, independente do carro que tenhamos, lento ou rápido, levamos eles ao limite. Quando você atinge o limite, é como lutar como um touro. Ele está fora do controle o tempo todo. Então, temos que tentar encontrar o balanço e reagir nas horas", explicou Hamilton.

O atual líder do Mundial de Pilotos da Fórmula 1 também elogiou o trabalho da Mercedes e destacou o grande pacote levado pela escuderia para as ruas do principado neste final de semana.

Sobre Lauda, Hamilton falou sobre seu silêncio após a morte da lenda da Fórmula 1 e ressaltou a participação do ex-piloto na evolução de sua carreira e nos quatro títulos conquistados no comando da Mercedes, em 2014, 2015, 2017 e 2018.

"No outro dia, eu não senti que estava pronto (para falar sobre Lauda). Toto (Wolff, diretor-executivo da Mercedes) se sentia de modo similar e até Valtteri também. Não houve muito tempo para que fizéssemos um grande mergulho nos nossos sentimentos. Toto e eu conversamos várias vezes nesta semana. Eu estive muito em contato com Niki nesses últimos oito meses", afirmou Hamilton.

"Em todos esses anos, ele foi meu 'parceiro de crime' em todas as minhas negociações e em pressionar por melhorias no carro. Ele foi um grande piloto. Perguntava o que precisava de melhoria, dizíamos a ele e Niki ia até a fábrica para dizer a eles", continuou.

"Ele foi parte do processo de mudar minha vida. Se eu não tivesse atendido aquela ligação (a para ser contratado pela Mercedes), eu seria campeão do mundo uma única vez. Devo muito a ele. Todos o amamos e sentimos sua falta. É difícil imaginar o que pensar quando alguém se vai e você não pode mais falar com ela. Ele viverá em todas as nossas memórias", concluiu o pentacampeão mundial. EFE