No aniversário do Maracanã, Paraguai e Catar estreiam com empate e belos gols
Rio de Janeiro, 16 jun (EFE).- No dia em que completou 69 anos de inauguração, o Estádio do Maracanã foi presenteado com bonitos gols e o jogo mais emocionante da Copa América até agora, o empate entre Paraguai e Catar em 2 a 2, que marcou a estreia das duas seleções no grupo B da competição continental.
Embora longe de ter ficado cheio, o outrora 'Maior do Mundo' teve uma bonita festa com 19.162 pagantes, dos quais a maior parte torceu pelo atual campeão da Copa da Ásia.
A seleção sul-americana chegou a estar vencendo por 2 a 0, com gols de Óscar Cardozo, nos primeiros minutos de jogo, em cobrança de pênalti, e de Derlis González. Já no segundo tempo, o jogador do Santos entrou no intervalo e aumentou a diferença com um lindo chute de fora da área. Entretanto, Ali Abdulla descontou acertando o ângulo depois de desvio na zaga, e Khoukhi deixou tudo igual.
Quem comemora o resultado é a Colômbia, que ontem derrotou a Argentina por 2 a 0 em Salvador e fecha a primeira rodada na liderança isolada da chave, com três pontos. Catar e Paraguai têm um cada, e a bicampeã mundial não pontuou.
Na segunda rodada, marcada para a próxima quarta-feira, os colombianos enfrentarão a seleção anfitriã da próxima Copa do Mundo, enquanto a 'Albiceleste' buscará os primeiros pontos contra os paraguaios.
Dono de dois títulos do torneio, de 1953 e 1979, o Paraguai teve em campo alguns jogadores conhecidos da torcida brasileira. O goleiro Gatito Fernández, do Botafogo, foi titular, assim como o zagueiro Balbuena, ex-Corinthians. O lateral-direito Piris, ex-São Paulo, e Derlis González começaram no banco. O zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, cumpriu suspensão por ter sido expulso na derrota para a Venezuela por 1 a 0 em Assunção, em outubro de 2017, pela última rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
Mal a bola rolou e a 'Albirroja' ficou em vantagem. Aos três minutos do primeiro tempo, Almirón bateu falta, Balbuena cabeceou e Ró-Ró cortou com o braço. O árbitro marcou pênalti, Cardozo cobrou com força no meio do gol e abriu o placar.
Quem achou que veria um passeio dos paraguaios a partir de então, se enganou. O Catar tinha mais a bola e atacava mais, enquanto o bicampeão continental se limitava a emplacar poucos contragolpes. Aos 15 minutos, Ali Abdulla cruzou por baixo da esquerda, Al-Haydos se atrapalhou e perdeu sem goleiro, mas foi "salvo" pela marcação de impedimento.
O público foi pequeno, mas fez bastante barulho a favor do campeão asiático, que pediu pênalti aos 25 minutos. Salman tabelou com Al-Haydos na esquerda da área, e os dois caíram no gramado. O peruano Diego Haro nada marcou e ainda mostrou o amarelo para Salman por simulação.
Acuado em um primeiro momento, o time sul-americano teve duas oportunidades em sequência, aos 34 minutos, em cabeceio de Balbuena, e aos 35, em chute de carrinho de Pérez, mas nos dois casos a bola saiu à esquerda do gol.
Sem se intimidar, o Catar respondeu aos 37, em lindo passe por elevação de Al-Haydos para Ali Abdulla, que encheu o pé em cima de Gatito. Mais tarde, aos 42, o camisa 19 voltou a ficar na cara do gol, mas mais uma vez bateu onde o goleiro do Botafogo estava.
O Paraguai voltou do vestiário com Derlis González na vaga de Pérez. E, assim como no primeiro tempo, a equipe dirigida por Eduardo Berizzo balançou a rede logo nos instantes iniciais, mas desta vez o lance foi invalidado. González foi lançado e deu para Almirón, que cruzou rasteiro para Cardozo completar. Porém, o jogador do Santos estava impedido.
A anulação não abalou o bicampeão do torneio, que aumentou aos dez. Almirón rolou para González, que teve espaço, arriscou de longe, de três dedos, e marcou um golaço.
A reação do Catar começou aos 22, com outro bonito gol. Ali Abdulla levou da esquerda para o meio na entrada da área e chutou colocado. A bola desviou em Ortiz e entrou no ângulo esquerdo de Gatito, que nada pôde fazer. Na comemoração, torcedores fizeram graça e gritaram: "Abulla é melhor que Neymar".
O empate aconteceu aos 31, quando mais um jogador avançou com liberdade pela esquerda. Desta vez foi Khoukhi, que carregou e arriscou. A bola bateu em Rodrigo Rojas, e o goleiro ainda resvalou, mas não evitou que ela entrasse.
Na parte final do duelo, o Catar teve mais iniciativa, mas quem esteve mais perto do desempate foi o Paraguai. Aos 42 minutos, em bola espirrada, Cardozo pegou a sobra e parou na defesa em dois tempos de Al-Sheeb.
Ficha técnica:.
Paraguai: Gatito Fernández; Valdez, Balbuena, Alonso e Arizmendia (Iturbe); Ortiz, Rodrigo Rojas (Sánchez) e Almirón; Pérez (Derlis González), Domínguez e Cardozo. Técnico: Eduardo Berizzo.
Catar: Al-Sheeb; Al-Rawi, Ró-Ró, Fadalla e Khoukhi; Mohammed (Boudiaf), Salman e Al-Haydos; Madibo, Afif e Ali Abdulla. Técnico: Félix Sánchez.
Árbitro: Diego Haro (Peru) auxiliado pelos compatriotas Jonnhy Bossio e Víctor Ráez.
Cartões amarelos: Pérez e Balbuena (Paraguai); Madibo, Salman e Fadalla (Catar).
Gols: Cardozo e Derlis González (Paraguai); Ali Abdulla e Khoukhi (Catar).
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. EFE
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