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Lateral boliviano afirma que Peru dará mais espaço que o Brasil

17/06/2019 20h31

Rio de Janeiro, 17 jun (EFE).- O lateral-esquerdo Marvin Bejarano, capitão da seleção da Bolívia, afirmou que a equipe tem chances de sair com um resultado positivo da partida contra o Peru, na próxima terça-feira, porque os peruanos não pressionam tanto como os brasileiros.

"É uma partida importante e a ideia é ganhar. Saímos com essa premissa e com a ideia de fazer bem as coisas. O Peru não pressiona tanto como o Brasil e por isso teremos mais espaço para jogar do que na partida contra os brasileiros", afirmou o jogador do Strongest em entrevista coletiva no estádio do Maracanã nesta segunda-feira.

Dominada e derrotada por 3 a 0 pela seleção brasileira na partida de abertura da Copa América, a Bolívia enfrentará o Peru no Rio de Janeiro. Uma nova derrota complicaria bastante a situação da seleção boliviana, que ocupa a lanterna do grupo B, ainda sem pontuar, enquanto o Brasil lidera com três pontos, seguido por Peru e venezuela, com um cada.

Bejarano ressaltou que não menospreza o potencial ofensivo do Peru nem o considera uma equipe de nível menor, apenas diferente do Brasil.

"A pressão é diferente. Se observar as últimas partidas, inclusive contra a Venezuela, (a seleção peruana) recua. O único que faz uma pressão alta neste momento é o Brasil. Os demais preferem recuar e fechar todos os espaços. Por isso que acho que teremos mais espaços para jogar. Não sofreremos a forte pressão da estreia, e o único resultado que serve para nós é ganhar", analisou.

O capitão boliviano também explicou o repúdio demonstrado nos últimos dias pelos seus companheiros de equipe a cada vez que a Bolívia é considerada a "Cinderela" do torneio.

"Obviamente incomoda quando somos classificados dessa maneira. Mas é preciso entender que estamos iniciando um processo (de renovação) e às vezes querem resultados imediatos que não acontecem. Estamos nos preparando para as Eliminatórias (para a Copa do Mundo de 2022, no Catar), que são bastante fortes e complicadas", disse.

O jogador comparou o processo de renovação boliviano com o que foi iniciado há alguns anos pela Venezuela, que começou pelas categorias de base e só começou a dar resultados agora: "Ao longo do desse processo eles sacrificaram duas Eliminatórias", afirmou.

Bejarano negou que esse processo signifique que a seleção vá jogar defensivamente e esclareceu que a disciplina tática está limitada ao setor defensivo. O ofensivo, segundo ele, tem mais liberdade.

"Ofensivamente é preciso explorar a criatividade de cada um porque essa é a forma de abrir espaços que não existem. Isso é o que esperamos fazer contra o Peru, na frente", disse.

Sobre o atacante Paolo Guerrero, considerado o principal jogador do Peru, Bejarano afirmou que a Bolívia terá muito cuidado e tentará deixá-lo afastado da área.

"Sabemos que Guerrero ajuda muito. Ele se move muito bem dentro da área e é preciso vigiá-lo o tempo todo e não deixá-lo girar. Se o deixamos girar, ele tem muitas chances de marcar", analisou. EFE