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Bolívia volta para casa questionada após eliminação na Copa América

23/06/2019 16h22

La Paz, 23 jun (EFE).- A seleção da Bolívia retornou neste domingo ao país muito questionada após a eliminação na Copa América disputada no Brasil, classificada por parte da imprensa boliviana como a "pior participação" da equipe na história do torneio.

"Bolívia fecha a sua pior participação na Copa América", intitula o jornal "Los Tiempos" sobre a seleção, que foi eliminada na fase de grupos com três derrotas em três jogos, com nove gols sofridos e apenas dois marcados.

"Sem pena nem glória", publicou o "Correo del Sur", que critica o desempenho dos jogadores, da comissão técnica e dos dirigentes da Federação Boliviana de Futebol.

"El Deber" destacou declarações do técnico boliviano, Eduardo Villegas, que ao retornar do Brasil desabafou que "essa é a realidade do futebol boliviano".

Ao desembarcar em Santa Cruz de la Sierra, o meia Alejandro Chumacero, ex-Sport Recife e um dos principais jogadores da seleção, afirmou que as "críticas são duras", mas assumiu a sua responsabilidade pelos resultados.

"Sei que estamos mal no nosso futebol, assumo totalmente, somos responsáveis disso e queremos mudar", comentou.

Chumacero ressaltou que os jogadores se sentiram "sozinhos" na derrota por 3 a 1 para a Venezuela, na terceira e última rodada, porque, segundo ele, não houve apoio da Federação Boliviana de Futebol e existe um "racha" entre jogadores e dirigentes.

A sensação da maior parte da imprensa é que 'La Verde' foi inferior a todas as outras seleções sul-americanas, com um processo de renovação iniciado por Villegas que ainda não deu resultados.

Na semana passada, o presidente da Federação Boliviana de Futebol, César Salinas, afirmou que vários jogadores "só pensam no bolso", e não na seleção, que na sua opinião necessita passar por uma mudança "profunda".

As declarações do dirigente vieram depois de um suposto pedido da seleção de subir de US$ 20 mil para US$ 40 mil o bônus pago a cada jogador que participar da Copa América. EFE