COI muda processo de escolha das sedes de Jogos Olímpicos de Verão e Inverno
Lausanne (Suíça), 26 jun (EFE).- O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou nesta quarta-feira no processo de escolha das sedes para os Jogos Olímpicos de Verão e Inverno, incluindo o fim do prazo de sete anos para a indicação da cidade escolhida, além da permissão para candidaturas conjuntas, inclusive, entre diferentes nações.
As reformas na Carta Olímpica foram aprovadas na 134ª sessão do COI, que está sendo finalizada hoje em Lausanne, na Suíça, sede da entidade. Agora, ao invés de diferentes cidades disputarem a organização, pode haver blocos de "múltiplas cidades, regiões ou países".
Além disso, as comissões de avaliação das postulantes, que existiam até hoje e que estavam incunbidas de visitas os lugares que concorriam ao direito, para analisar a viabilidade da realização, serão substituídas por duas Comissões de Sedes Futuras, uma para os Jogos de Verão, outra para o de Inverno.
O COI ainda estipulou uma prioridade para candidatas que já tenham instalações esportivas e infraestruturas construídas. As cidades que se propuserem a realizar obras futuras só serão levadas em conta, a partir da apresentação de planos de legado sustentável.
As mudanças foram aprovadas por unanimidade, em um momento considerado de crise no movimento olímpico, em conseguir interessados em organizar futuras edições dos Jogos Olímpicos, devido o alto custo envolvido.
Em 2017, por exemplo, só Paris, na França, e Los Angeles, nos Estados Unidos, se candidataram para o evento de verão, sete anos depois. O COI, então, propôs que a capital francesa fosse a vencedora, e a cidade americana já fosse escolhida para a edição de 2028.
Os Jogos de Inverno de 2022 e de 2026, cuja sede foi definida há dois dias, com Milão-Cortina d'Ampezzo, na Itália, superando Estocolmo-Are, na Suécia, foram escolhidas a partir da disputa entre apenas duas candidatas.
A reforma no processo de escolha é a mais importante desde o escândalo da decisão por Salt Lake City, nos EUA, para organizar os Jogos de Inverno de 2002, em processo com casos de suborno entre os integrantes do Comitê Olímpico Internacional participantes da votação.
Além de expulsar os envolvidos, o COI proibiu as viagens com todas as despesas pagas pelas cidades candidatas, que todos os membros da entidade faziam, com prática habitual até então. EFE
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