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Fifa fecha acordo para auditar finanças da Confederação Africana de Futebol

18/07/2019 16h47

Cairo, 18 jul (EFE).- A Fifa e a Confederação Africana de Futebol (CAF) assinaram nesta quinta-feira um acordo sem precedentes para que a entidade máxima do futebol audite as finanças de sua associada e acelere o processo de reformas do órgão nos próximos seis meses.

"Hoje, na Assembleia Geral da CAF realizada no Cairo, as organizações assinaram um protocolo delineando um roteiro com o qual a Fifa fornecerá sua experiência para avaliar a situação atual da CAF e a ajudará a acelerar os processos de reforma que estão em andamento", informou a Fifa em nota.

Com a medida, a Fifa pretende reorganizar a administração financeira da CAF, melhorar o formato das competições organizadas pela entidade e desenvolver novas oportunidades comerciais no futebol africano.

Além da auditoria geral das finanças, o roteiro combinado também foca em melhorar a eficiência e a imparcialidade dos órgãos judiciais da CAF.

Agora, a Fifa escolherá um grupo de especialistas para realizar o trabalho, que terá a colaboração da secretária-geral da entidade máxima do futebol, a senegalesa Fatma Samoura, e do secretário-geral da CAF, Mouad Hajji.

Esta é a primeira vez que a Fifa toma uma medida dessa proporção contra uma de suas confederações.

No último dia 20 de junho, na véspera do início da Copa Africana de Nações, a entidade máxima do futebol comunicou que assumiria o comando da CAF em agosto após a uma nova série de escândalos de corrupção.

Quinze dias antes, o presidente da CAF, Ahmad Ahmad, ficou 24 horas preso na França após participar de uma reunião da Fifa em Paris.

Promotores franceses investigam um caso de corrupção, abuso de confiança e falsificação ocorrido em dezembro de 2017, quando a CAF assinou um contrato com a Puma para fornecer uniformes para a Copa Africana de Nações. Posteriormente, a entidade descumpriu o combinado contratualmente.

Em abril, o secretário-geral da CAF, Amr Fahmy, foi demitido depois de denunciar pagamentos de propina e o desvio de centenas de milhares de dólares da entidade. EFE