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Após turbulências em terra e ar, Palmeiras pega Godoy Cruz pelas oitavas

22/07/2019 12h56

Buenos Aires, 22 jul (EFE).- O Palmeiras visitará nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), o Godoy Cruz, pela ida das oitavas de final da Taça Libertadores, em meio a uma semana conturbada, de derrotas pouco usuais para o clube e de problemas no voo para a cidade de Mendoza, na Argentina.

O Verdão, que voltou da parada para a Copa América empatando com o São Paulo em 1 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, caiu diante do Inter, após perder por 1 a 0 no tempo normal e por 5 a 4 nos pênaltis, se despedindo da Copa do Brasil, e diante do Ceará por 2 a 0, neste sábado, pela principal competição nacional.

Com o revés do último fim de semana, a equipe perdeu invencibilidade que já durava quase um ano na Série A. Antes de ser batido no Castelão, o Palmeiras só havia perdido no dia 25 de julho de 2018, para o Fluminense.

Além disso, o time não era superado em dois jogos seguidos desde maio do ano passado, quando foi derrotado em sequência por Sport Recife e Cruzeiro, também em compromissos válidos pelo Brasileirão. Os resultados dos últimos dias, inclusive, geraram protestos de torcedores no aeroporto de Fortaleza.

Se a situação em solo cearense parecia conturbada, a delegação do Palmeiras passou por momentos ainda piores no espaço aéreo argentino, já que o avião que levava a equipe não conseguiu pousar em Mendoza, devido a fortes ventos na cidade, e também em Rosário, tendo que se dirigir para Buenos Aires.

Além de diversos integrantes da delegação sofrerem com mal-estar, devido as condições de voo, na capital, localizada a mais de 1.000 quilômetros do local da partida pelas oitavas, a delegação verde precisou ficar até esta segunda-feira, o que obrigou o cancelamento de um dos treinos previstos.

A única atividade que Luiz Felipe Scolari comandaria estava marcada pouco mais de 24 horas antes do encontro com o Godoy Cruz, no estádio do Independiente, também da cidade de Mendoza. A sessão seria fechada a presença de jornalistas.

Com isso, o experiente técnico não deu indícios se repetiria a escalação da derrota para o Ceará, em que o Palmeiras atuou com força máxima, com Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Luan e Diego Barbosa; Bruno Henrique, Felipe Melo e Gustavo Scarpa; Dudu, Zé Rafael e Deyverson.

Com relação ao revés diante do Inter, pela Copa do Brasil, Felipão acabou fazendo apenas uma mudança, já que Lucas Lima deixou o time titular e acabou dando lugar a Scarpa, artilheiro da equipe na competição continental, com quatro gols, que deve ganhar ainda mais espaço com a saída de Moisés.

O Godoy Cruz, por sua vez, chega para a partida depois de período de férias e curta pré-temporada. No último dia 14, a equipe entrou em campo pela segunda fase da Copa Argentina, empatou com o Huracán em 1 a 1 e garantiu a classificação nos pênaltis.

Comandada por Lucas Bernardi, a equipe avançou às oitavas da Libertadores pela segunda vez na história, repetindo feito de dois anos atrás. Na ocasião, a despedida foi justamente nesta etapa, também em confronto com representante brasileiro, no caso, o Grêmio.

Depois do fim da última temporada do futebol argentino, o 'Tomba', como o clube é conhecido, perdeu jogadores importantes, como o atacante Ángel González, autor do gol da classificação na fase de grupos, na vitória sobre o Universidad de Concepción, do Chile, que acabou negociado com o Estudiantes.

Por outro lado, chegaram o lateral-direito Néstor Breitenbruch, do Independiente, e o meia Juan Brunetta, do Belgrano. Ambos deverão ser alinhados como titulares no duelo desta terça-feira.

Prováveis escalações:.

Godoy Cruz: Ramírez; Breitenbruch, Varela, Cardona e Aleo; Gutiérrez, Andrada, Bullaude e Brunetta; García e Merentiel. Técnico: Lucas Bernardi

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Luan e Diego Barbosa; Bruno Henrique, Felipe Melo e Gustavo Scarpa; Dudu, Zé Rafael e Deyverson. Técnico: Luiz Filipe Scolari.

Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado pelos compatriotas Alexander Guzmán e Dionisio Ruiz.

Estádio: Malvinas Argentinas, em Mendoza (Argentina). EFE