Nepal proíbe plásticos de uso único na região do Everest
Katmandu, 21 ago (EFE).- O Nepal decidiu proibir os plásticos de uso único na região do Everest para lutar contra a crescente poluição no "teto" do mundo, que neste ano foi coroado por um número recorde de alpinistas.
A nova norma entrará em vigor em 1 de janeiro de 2020 e foi criada pelo município de Khumbu Pasanglhamu, no distrito de Solukhumbu, informou à Agência Efe o principal administrativo da zona, Ganesh Ghimire.
Segundo a fonte, a proibição inclui objetos de plástico como sacolas, canudinhos e garrafas de menos de 30 mícrons de espessura, em um momento em que o país procurar aumentar o número de visitantes estrangeiros, chegando a 2 milhões em 2020 mediante uma campanha turística.
"No entanto, as bebidas em latas de metal serão aceitas", disse Ghimire sobre uma proibição que por enquanto não se traduzirá em punição a quem descumpri-la.
"Trabalharemos com a administração local, as companhias de alpinismo e a Associação de Montanhismo do Nepal para fazer com que a proibição seja cumprida", acrescentou.
Nesta temporada, o Departamento de Turismo do país emitiu 378 permissões de escalada, um recorde histórico desde a primeira ascensão bem-sucedida ao Everest em 1953.
O governo introduziu uma norma em 2014 que obriga que cada membro da expedição retorne com pelo menos 8 quilos de lixo do Everest, além de que cada participante da expedição é obrigado a depositar US$ 4 mil que só são devolvidos se o lixo for devolvido.
Mas esta regra só é aplicada a quem deseja chegar ao cume do Everest e não aos excursionistas, e mesmo assim, muitas equipes acabam deixando lixo na montanha.
"O número de excursionistas aumenta a cada ano na região do Everest, portanto proibir o uso de plásticos é uma boa ideia por parte das autoridades locais", disse à Agência Efe o ex-presidente da Associação de Agências de Trekking do Nepal, Sitaram Sapkota.
Durante a temporada de ascensão que terminou em maio, uma equipe de montanhistas encarregados da limpeza do Everest recuperou cerca de 11 toneladas de lixo e quatro corpos que foram abandonados na montanha. EFE
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