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Presidente da FEI destaca trabalho pela igualdade de gênero no hipismo

23/08/2019 10h42

Roterdã (Holanda), 23 ago (EFE).- Presidente da Federação Internacional Equestre (FEI), o belga Ingmar De Vos, destacou nesta sexta-feira, em entrevista à Agência Efe, o trabalho pela igualdade no hipismo, que lembrou ser o único esporte olímpico em que homens e mulheres competem sem distinção de categoria.

"A igualdade de gênero é um assunto importante para a sociedade, e isso consolida nossa posição dentro do esporte", garantiu o dirigente, que exerce a função de liderança na entidade desde 2014 e que também é membro do Comitê Olímpico Internacional.

De Vos destacou, por exemplo, a última edição dos Jogos Mundial Equestres, realizados no ano passado, na cidade de Tryon, localizada na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, em que as medalhas foram entregues para 19 homens e 17 mulheres.

"A igualdade é possível", disse o presidente da FEI.

Justamente na última edição dos Jogos aconteceu a última controvérsia envolvendo a FEI, devido a desistência de Bromont, no Canadá, de receber o evento, depois de ter vencido o processo de escolha da cidade-sede.

"Tivemos que abrir a eleição das vezes, e no fim aceitamos Tryon. Tinham um plano viável, mas devido certas circunstâncias, algumas obras atrasaram", lamentou De Vos.

O presidente afirmou que a Federação aprendeu o que classificou como "lição", por isso, o Campeonato Europeu Equestre tem como sede a cidade de Roterdã, na Holanda, em evento que acontece até o domingo.

"Queremos ir a lugares que tenham experiência de organização, que já estejam prontos e que garantam que o esporte pode ser praticado no mais alto nível", garantiu o dirigente.

Na cidade holandesa, os atletas estão competindo por medalhas, como de praxe, mas também por vagas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, de 2020. Sobre o evento, inclusive, o belga garante que o foco é ofercer as melhores condições para a saúde dos cavalos, em trabalho conjunto com as autoridades japonesas.

O compromisso de De Vos faz com que garanta que "se não tivermos ótimas condições" não haverá competição, embora, o dirigente diz confiar na organização do evento, inclusive, porque a capitão do Japão já foi sede em 1964.

Com relação ao futuro, o belga acredita que o hipismo passa por processo que definiu como de "modernização", em que o objetivo é "atrair os jovens ao mundo equestre.

O presideente da FEI aponta que a solução pode estar em realizar torneios mais curtos, especialmente, no adestramento, com maior emoção na competição, sem que se perca a qualidade técnica.

Devido a complexidade de algumas das modalidades, há intenção de implementar durante as transmissões alguns gráficos explicativos, para que o público não familiarizado possa entender quando aconteceu um bom movimento ou um erro.

Quanto à exibição de eventos, a Federação está firmando acordos com diferentes plataformas digitais, para que o maior número de pessoas possa acompanhar em dispositivos móveis.

Segundo estatísticas da FEI, o setor tem um valor estimado de 300 bilhões de euros (R$ 1,34 trilhão), referentes à criação, estabulação, logística, nutrição, saúde, eventos, publicidade, produção de televisão e patrocínios.

A entidade tem registrados 22.136 cavaleiros e amazonas e 49.159 cavalos, aptos a participar de competições internacionais, além de 750 milhões de fãs globais. EFE