COB cria comissão para propor mudanças em estatuto
OLIMP-COB-MUDANCAS:COB cria comissão para propor mudanças em estatuto
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Comitê Olímpico do Brasil acertou durante assembleia nesta quarta-feira a criação de uma comissão para propor mudanças no estatuto do COB, entre elas a possibilidade de dar mais voz e poder de voto a atletas e ex-atletas, segundo o novo presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira.
Wanderley assumiu a função após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, que se desligou do comando do COB para se dedicar à sua defesa. Ele está preso preventivamente acusado de intermediar a compra de votos para a cidade do Rio de Janeiro ganhar o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016.
"A renúncia do Nuzman era esperada, aguardada... o sentimento é de lamentar, mas o da instituição e da organização, a saída foi um alívio", disse o dirigente, que era vice de Nuzman, a jornalistas.
Wanderley manifestou o desejo de ficar no comando do COB até 2020, quando terminava o mandado de Nuzman, e o interesse de se candidatar à presidência na próxima eleição.
A assembleia do COB foi convocada para tratar da questão de Nuzman, que mandou nesta tarde uma carta de renúncia, e as decisões do Comitê Olímpico Internacional (COI), que suspendeu pagamentos feitos ao COB por causa das acusações contra Nuzman.
Entre as decisões da assembleia foi a criação da comissão, que será constituída pelos presidentes das confederações de vela, esgrima e atletismo, além do judoca Tiago Camilo, presidente da associação de atletas. As propostas serão recebidas por essa comissão, que depois de 40 dias deve apresentar algumas sugestões para mudanças no estatuto do COB na gestão do esporte brasileiro.
“Essa estatuinte vai discutir os rumos do COB, modernizar estatuto, ouvindo todos os envolvidos no esporte brasileiro. A comissão vai juntar opiniões de órgãos, atletas, movimentos e apresentar à assembleia do COB”, disse o presidente da Confederação Brasileira de Vela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro, a jornalistas nesta quarta-feira.
“O esporte é um bem público, de todos e achamos que o estatuto vai ter que incorporar disso. Todo mundo está ciente da necessidade de mudança. Está na hora de modernizar o esporte nacional. COB e confederações são privadas mas trabalham muito com dinheiro público”, completou.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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