"Vou continuar a luta por absolvição", diz Guerrero após redução de pena
O capitão da seleção peruana de futebol, Paolo Guerrero, afirmou nesta quinta-feira, em entrevista à "Reuters TV", que ainda não está satisfeito com a decisão da Fifa de reduzir de um ano para seis meses a suspensão imposta ao atacante por doping, por considerar ter sido alvo de uma "injustiça".
Guerrero, do Flamengo, foi punido pelo comitê disciplinar da Fifa no início de dezembro devido a um teste antidoping positivo para benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, após partida pelas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo contra a Argentina, em outubro.
Na quarta-feira, a Fifa reduziu a suspensão pela metade, mas o jogador de 33 anos disse que ainda não está tranquilo com a situação.
"Obviamente não estou aliviado, para mim é importante continuar provando a minha inocência. Ainda me sinto indignado porque eu nem deveria estar passando por isso, acho que houve um pouco de injustiça", disse.
"Não fico tranquilo agora que reduziram a pena, vou continuar lutando e demonstrando a minha inocência", afirmou. "É realmente injusto que tenham me castigado, em todo momento tenho mostrado minha inocência, já provei, e vamos continuar provando para que me retirem a punição”
Com a redução da suspensão, o jogador já está apto a defender a seleção do Peru na Copa do Mundo da Rússia, em junho do ano que vem. Mas Guerrero pretende voltar antes aos gramados, e tem buscado manter a forma com exercícios físicos.
"Praticamente cortaram minhas pernas", disse Guerrero sobre a suspensão que o proibiu de jogar a partir de 3 de novembro.
"Estou me preparando e espero estar novamente jogando no ano que vem e voltando ao futebol. Esse é o meu objetivo, e é o que eu mereço. Eu sou inocente, não fiz absolutamente nada", disse.
Segundo o jogador, o resultado positivo no exame antidoping foi consequência de contaminação cruzada. "Isso já está claríssimo, pela quantidade tão baixa que saiu no doping".
O advogado do atacante do Flamengo, o brasileiro Pedro Fida, disse que buscará a absolvição completa do jogador junto ao Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça.
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