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Chefe do COI planeja visitar a Coreia do Norte após Olimpíada de Inverno

Thomas Bach, presidente do COI - Jean-Christophe Bott/Keystone via AP
Thomas Bach, presidente do COI Imagem: Jean-Christophe Bott/Keystone via AP

12/02/2018 10h16

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, planeja visitar a Coreia do Norte após a Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, consolidando os laços com o país recluso que usou o evento para retomar o diálogo político com a Coreia do Sul.

Em entrevista nesta segunda-feira, Bach disse à Reuters que fará a visita a convite de Pyongyang e como parte de um acordo do COI e das duas Coreias. As partes ainda estão debatendo uma data conveniente, acrescentou.

Os Jogos sul-coreanos terminam no dia 25 de fevereiro.

"Todas as partes envolvidas acolheram este convite à Coreia do Norte...", disse. "Estamos conversando sobre a data conveniente de forma a continuar o diálogo do lado esportivo. Veremos quando isso acontecerá".

Líderes sul e norte-coreanos trocaram apertos de mão calorosos e sorrisos na cerimônia de abertura de sexta-feira, o que permitiu ao COI apresentar os Jogos como facilitadores da paz e retirar o destaque midiático de um escândalo de doping russo que atormenta o organismo há anos.

Atletas da Rússia marcharam sob a bandeira olímpica e com cores neutras durante a cerimônia, já que foram impedidos pelo COI de competir formalmente por seu país. Muitos críticos pediram que o COI proibisse todos os russos sem exceções.

A Coreia do Norte concordou em participar dos Jogos de Pyeongchang depois que Seul e o COI incentivaram a nação, que é alvo de diversas sanções internacionais, a fazê-lo como um gesto de paz.

Atletas dos dois lados, tecnicamente ainda em guerra, desfilaram juntos na cerimônia de abertura e competiram em um time feminino unificado de hóquei no gelo, primeira vez que uma equipe intercoreana compete em uma Olimpíada.

O presidente sul-coreano, Moon  Jae-in, está usando o evento como parte de seus esforços para quebrar o gelo com o vizinho do norte e abrir caminho para conversas sobre os programas de armas.