Presidente da Fifa diz que comissão de empresários se tornou "preocupante"
LONDRES (Reuters) - As taxas de empresários tomaram uma direção "preocupante" e precisam ser melhor reguladas para proteção contra subornos, corrupção e lavagem de dinheiro, disse nesta quinta-feira o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Infantino disse que 6,4 bilhões de dólares circularam somente em transferências internacionais no ano passado, com 500 milhões de dólares indo para empresários e intermediários.
"Acho que o crescimento de comissões pagas para empresários tomou uma direção preocupante", disse Infantino à ESPN FC. "E muitos empresários concordam comigo e gostariam de maior fiscalização. Isto também é um questão para o ecossistema do futebol... hoje não há regras em vigor."
"Qualquer um pode fazer o que quiser. Mas a realidade nos mostra que há riscos de subornos, corrupção e lavagem de dinheiro. Não sou eu que digo isto, há muitos relatos de autoridades do governo que mostram que este é o caso", completou.
A quantia de dinheiro sendo gasta em transferências mais que dobrou nos últimos quatro ou cinco anos, de acordo com Infantino.
"Você pode dizer que o sistema está saudável porque há muito dinheiro", disse. "Mas a tendência é preocupante."
"Por isso nós precisamos agir", explicou.
Uma grande parte dos gastos é feita pela Liga Inglesa, embora novas regras signifiquem que a próxima janela de transferências será fechada antes do começo da temporada, ao invés do final de agosto, como era feito.
Quatorze dos 20 clubes da Liga Inglesa votaram pela mudança, e Infantino forneceu seu apoio.
"Estou muito feliz com a proposta da Liga Inglesa", disse. "Faz sentido quando você começa a temporada para saber qual é o seu elenco. E então você joga a temporada com seu elenco."
(Reportagem de Martyn Herman)
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