Chelsea cogita enviar torcedores antissemitas para cursos educativos em Auschwitz
(Reuters) - O Chelsea está cogitando enviar torcedores racistas ao antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz para combater o antissemitismo no clube.
O jornal britânico The Sun noticiou que Roman Abramovich, proprietário do Chelsea e judeu, encabeçou a nova iniciativa, que oferecerá aos torcedores a chance de frequentar cursos educativos no campo polonês onde os nazistas assassinaram mais de 1,1 milhão de pessoas, 90 por cento delas judias.
O presidente do Chelsea, Bruce Buck, acredita que a medida visa mudar as atitudes dos torcedores, ao invés de proibi-los de assistir partidas do clube do Campeonato Inglês.
"Se você só proibir as pessoas, nunca mudará seu comportamento", disse Buck ao Sun.
"Esta diretriz lhes dá a chance de perceber o que fizeram, de fazê-los querer se comportar melhor."
O Chelsea criticou vários de seus torcedores por cânticos antissemitas contra o Tottenham Hotspur, seus rivais de Londres, em setembro do ano passado.
Historicamente o Tottenham tem um núcleo de torcedores substancial na comunidade judaica londrina, e apoiadores do time vêm sendo alvo de cânticos antissemitas de torcedores rivais há anos.
"No passado nós os afastaríamos da multidão e os baniríamos por até três anos", disse Buck a respeito de torcedores flagrados cantando ofensas raciais. "Agora dizemos 'você fez algo errado. Você tem a opção. Podemos bani-lo ou você pode passar algum tempo com nossos agentes da diversidade, entendendo o que fez de errado'."
O Chelsea não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters.
(Por Hardik Vyas em Bengaluru)
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