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Com dores, Murray diz que pode se despedir do tênis no Aberto da Austrália

11/01/2019 12h14

Por Ian Ransom

MELBOURNE (Reuters) - O tenista britânico Andy Murray pode se aposentar depois do Aberto da Austrália deste mês, uma vez que as fortes dores causadas por um problema no quadril direito se tornaram quase insuportáveis durante os jogos, afirmou o ex-melhor jogador do mundo nesta sexta-feira.

Tomado pela emoção, o três vezes campeão de torneios do Grand Slam chorou durante a coletiva de imprensa em que revelou que inicialmente planejava se aposentar após disputar o torneio de Wimbledon, mas que agora sente que Melbourne Park pode ser o local de sua despedida.

“Há uma possibilidade, com certeza, porque eu não sei se consigo jogar apesar da dor por outros quatro ou cinco meses”, disse o britânico, de 31 anos, que hoje ocupa a 230ª posição no ranking mundial.

“A dor é muito grande, de verdade, e eu não quero continuar a jogar assim”.

“A dor não está me permitindo aproveitar as competições ou os treinos ou todas as outras coisas que eu amo sobre o tênis”.

Cinco vezes vice-campeão em Melbourne Park, Murray passou por uma cirurgia no quadril no ano passado, tendo jogado com dor por diversos anos.

Ele voltou a jogar em junho do ano passado, mas foi forçado a encurtar sua temporada de 2018.

Duas vezes campeão de Wimbledon, e primeiro britânico campeão masculino desde Fred Perry em 1936, Murray deixou a porta ligeiramente entreaberta para um eventual retorno, dizendo que está considerando passar por uma outra cirurgia no quadril.

O bicampeão olímpico acrescentou, entretanto, que a operação seria mais para melhorar sua qualidade de vida do que para prolongar sua carreira.

“Eu tenho a opção de passar por outra operação que é um pouco mais severa do que a que eu fiz antes, recuperando o meu quadril, o que me permitiria ter uma qualidade de vida melhor”, disse. “Isso é algo que estou considerando seriamente agora”.

(Reportagem de Ian Ransom)