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Paris planeja obras que mudarão sua paisagem antes da Olimpíada de 2024

29/05/2019 16h43

Por Rachel Joyner

PARIS (Reuters) - Paris é conhecida como uma das cidades mais elegantes do mundo, cativando os visitantes com o charme de Montmartre, o romantismo da Rive Gauche, a arquitetura graciosa e os bulevares repletos de árvores. Mas há mudanças à vista.

De olho na Olimpíada de 2024, a prefeita tem planos ambiciosos para colocar a Cidade das Luzes na era moderna: remodelar os jardins ao redor da Torre Eiffel e construir o primeiro arranha-céu no centro desde os anos 1970.

    Em um país com uma tensão duradoura entre a preservação do passado e a inovação para o futuro, os planos causaram apreensão imediata, especialmente no tocante ao arranha-céu.

    Um tribunal parisiense rejeitou uma série de contestações legais contra a chamada Torre Triângulo neste mês, o que representará uma vitória importante à prefeita socialista Anne Hidalgo se a torre de 180 metros e 500 milhões de euros for finalizada para a Olimpíada, tal como planejado.

    Ela será erguida alguns quilômetros ao sul da Torre Montparnasse, um bloco de vidro escuro de 210 metros que dividiu e irritou os parisienses desde que foi finalizado em 1973.

"Eu não gosto dela", disse Vincent Julien, 66 anos, olhando em direção à Torre Montparnasse a partir dos arredores verdejante dos Jardins de Luxemburgo. "Que horror!"

As outras mudanças planejadas contemplam a área ao redor do ponto turístico mais famoso de Paris, a Torre Eiffel de 130 anos de idade, que se localiza no topo do Campo de Marte, um parque público e um local de reunião importante desde a Revolução Francesa.

    Hoje, o espaço verde de 25 hectares é uma vítima da popularidade em muitos sentidos --mais de 140 mil pessoas o visitam todos os dias, mas a falta relativa de banheiros e lixeiras também o tornou popular entre a vasta população de ratos da cidade.

    Uma competição para reprojetar a área, incluindo o acesso à Torre Eiffel através do rio Sena, foi vencida neste mês pela firma Gustafson, Porter and Bowman, que tem sede em Londres.

    O plano, estimado em 72 milhões de euros, envolve transformar a ponte sobre o rio em um espaço exclusivo para pedestres e criar uma cascata quase contínua de folhagem do Trocadero até o final do Campo de Marte.