Infantino rejeita acusação de "colonialismo" no futebol da África
Por Brian Homewood
CAIRO (Reuters) - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, rejeitou os comentários de que a federação internacional de futebol adotou uma atitude "colonialista" em relação ao futebol da África e à Confederação Africana de Futebol (CAF).
A Fifa tomou a decisão inédita, no mês passado, de anunciar que administrará o futebol africano conjuntamente com a CAF e enviará sua secretária-geral, a senegalesa Fatma Samoura, para uma missão de nove meses durante a qual reformará a entidade africana.
A medida veio na esteira de alegações de corrupção contra o presidente da CAF, Ahmad Ahmad, que este negou.
Algumas autoridades africanas se opuseram à medida, e Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, a descreveu em uma entrevista recente à rede BBC como um "novo aspecto do colonialismo".
Blatter foi banido do futebol por seis anos devido a violações éticas durante sua presidência. Ele nega qualquer irregularidade.
"Ouvi a respeito do colonialismo, que a Fifa está voltando a colonizar a África", disse Infantino na assembleia geral da CAF nesta quinta-feira, acrescentando que ficou "perplexo" com os comentários.
"O que isso significa, colonialismo? Não sei. Não é parte do meu vocabulário".
Infantino disse ser importante que o futebol africano tenha competições nas quais "as pessoas confiem na organização, nas quais o estádio seja seguro e protegido, nas quais as partidas não sejam manipuladas, nas quais as pessoas confiam nos árbitros – estes são alguns dos problemas que o futebol africano está enfrentando".
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