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Scheidt assume a liderança do Mundial em dia de visita real na Espanha

Rei Felipe VI, da Espanha, visita o Mundial de Vela de Santander - Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images
Rei Felipe VI, da Espanha, visita o Mundial de Vela de Santander Imagem: Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

13/09/2014 16h59

O sábado (13) foi dia de visita real no Mundial de Vela de Santander, na Espanha. O Rei Felipe VI acompanhou as regatas na água, a bordo de um iate, e viu um brasileiro que merecia, também, seu título de nobreza. Robert Scheidt, após uma estreia ruim, assumiu a liderança da classe Laser na competição. Aos 41 anos, mais de dez anos mais velhos do que a maioria de seus rivais, ele busca seu 12º título mundial.

Ao contrário do primeiro dia, em que teve dificuldades com a neblina e a falta de ventos, no sábado o brasileiro foi constante. Em duas regatas, marcou uma vitória e um terceiro lugar, somando, agora, seis pontos perdidos (ele descartou o 13º da regata de estreia). Na vela, a pontuação é contrária, então os melhores são os que fazem menos pontos. O segundo colocado é o holandês Nicholas Heimer, com oito pontos. Bruno Fontes, outro brasileiro na competição, é o quarto colocado, com 14 pontos.

Quem também velejou no segundo dia de competição em Santander foi Ricardo Winicki, o Bimba. Aos 34 anos, ele é o líder do ranking mundial da classe RS:X, de prancha a vela. Ele está em sétimo lugar, com oito pontos perdidos após duas regatas (foi sétimo na primeira e venceu a segunda). Na RS:X feminina, Patrícia Freitas é a 11ª. Na Laser Radial, a melhor brasileira é Fernanda Decnop, em 31º lugar.

Na Espanha, vela é assunto real

A visita do Rei Felipe VI ao Mundial tem muito mais a ver com a ligação da família real espanhola com a vela do que com a realização do Mundial na Espanha. Nada menos do que quatro membros da família real foram a Jogos Olímpicos na modalidade.

Juan Carlos, que abdicou do trono em junho, disputou os Jogos de 1972 na classe Dragão. Sua mulher, a rainha Sofia, foi reserva do time da Grécia nos Jogos de Roma, em 1960 – ela é irmã do rei Constantino II da Grécia, campeão olímpico da classe Dragão, também em 1960.

O próprio Felipe foi atleta olímpico da modalidade Nos Jogos de Barcelona, em 1992, ele estava na tripulação da Espanha da classe Soling, que terminou em sexto lugar – ele foi, também, o porta bandeira da delegação espanhola na Cerimônia de abertura dos jogos. Sua irmã, a princesa Cristina, foi reserva da dupla de 470 da Espanha nos Jogos de Seul, em 1988.

Além disso, o local em que está sendo disputado o evento é o Centro de Alto Rendimento Príncipe Felipe.