Temporada abaixo da média de Scheidt: 5º no Mundial e quatro títulos

Qualquer atleta ficaria contente com um quinto lugar em um Campeonato Mundial. Mas coloque em cena Robert Scheidt e um top-5 já não é assim tão bom... Dono de 11 títulos do gênero na carreira, o maior velejador olímpico brasileiro segue fazendo uma temporada boa, mas sem o brilho costumeiro em sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Nesta quinta-feira (18), ele fechou o Mundial de Santander, na Espanha, com um quinto lugar na Medal Race, a final da vela. Ficou atrás do holandês Nicholas Heiner, que conquistou o título mundial pela primeira vez na carreira, do australiano Tom Burton, do britânico Nick Thompson e do alemão Philipp Buhl.

"Não foi um grande campeonato para mim, mas o quinto lugar num Mundial não é para desprezar. Além disso, estou velejando bem, com uma boa velocidade, e melhorando da lesão que sofri no evento-teste no Rio. Agora é focar na preparação para os Jogos do Rio, para chegar bem em 2016", disse o velejador.

Na temporada, Scheidt tem quatro títulos até agora. Ele venceu a semana olímpica de Trentino, na Itália, o Europeu de Laser em Split, na Croácia, a Copa Brasil, em Niterói, no Rio de Janeiro, e o Sudeste Brasileiro, também no Rio. Subiu, ainda, ao pódio na etapa de Miami da Copa do Mundo, mas ficou fora dos três primeiros nos demais eventos de primeira linha – foi nono em Mallorca e quarto em Hyéres, por exemplo. No Aquece Rio, o evento-teste das Olimpíadas, nas mesmas raias que serão usadas para os Jogos de 2016, mais uma vez terminou em quarto.

No ano passado, em sua primeira temporada desde a volta à classe (entre 2005 e 2012, ele velejou na Star, que saiu do programa olímpico para 2016), a história foi diferente. Ele venceu os três campeonatos que disputou no Brasil (Brasileiro de Laser, Semana Brasileira de Vela e Ilhabela Sailing Week), além da Europa Cup e do Mundial de Omã. Foi ainda vice-campeão das semanas de Kiel, na Alemanha, e Hyeres, na França. Com isso, era o líder do ranking mundial até a última atualização, no fim de julho.

O Brasil ainda tem chance de subir ao pódio na classe 49erFX, com as líderes do ranking mundial Martine Grael e Kahena Kunze.