UOL vai de metrô ao Anhembi, aproveita telão para assistir ao treino e aprova organização da Indy

Quem conhece o trânsito caótico de São Paulo sabe o quanto um evento que para a Marginal Tietê compromete a mobilidade urbana. Com a etapa brasileira da Fórmula Indy não é diferente. Prevendo as dificuldades do público comum para chegar ao autódromo montado no Anhembi, o UOL Esporte resolveu, então, testar o esquema de transporte montado para atender às cerca de 20 mil pessoas que lotaram as arquibancadas. E aprovou a organização, incluindo o telão em frente à área central das arquibancadas. Confira:

O trânsito na região do Anhembi na manhã de sábado estava confuso. Com a pista local fechada, os carros comuns tinham apenas as pistas do meio e a expressa para circular. Receita perfeita para o congestionamento. Sabendo disso, a escolha da reportagem foi usar o metrô. A organização colocou ônibus para o autódromo em quatro estações diferentes: República (linhas Vermelha e Amarela), Trianon-Masp (Verde), Barra Funda (Vermelha) e Tietê (Azul). O último foi o escolhido, pela proximidade do Anhembi.

Ao chegar ao Terminal Rodoviário do Tietê, o ponto para compra do ingresso é avistado já da plataforma. E o acerto de ter recorrido ao metrô também: nos estacionamentos próximos ao Tietê, preços fixos em R$ 50,00.

2º passo: ônibus

Pegar o ônibus que vai ao autódromo é bem mais barato do que estacionar, R$ 10,00 para o trajeto de ida e volta (R$ 7,00 se a opção foi só para uma viagem). A proximidade com o autódromo, porém, é relativa. O trajeto tem pouco mais de três quilômetros, mas os ônibus que saem da avenida Cruzeiro do Sul levam em média 30 minutos para chegar ao ponto final, na Avenida Olavo Fontoura.

Apesar da demora, usar o ônibus oficial vale a pena. As ruas que cercam o autódromo estão fechadas para carros que não estão credenciados, mas o transporte oficial tem passe livre por essas vias. Além do trânsito, fora do esquema oficial, é preciso andar bastante para chegar aos portões de entrada.

A opção Tietê, porém, não é a única disponível. Além das outras três estações de metrô (República, Trianon-Masp e Barra Funda), os fãs podem tomar os ônibus da organização no Aeroporto de Congonhas, em percursos mais longos.

Chegando ao local, a reportagem passou a buscar o local de entrada. Cada portão permite a entrada apenas para um setor de arquibancada. Muitas vezes, a distância entre o portão e o setor de arquibancada do torcedor são distantes. A caminhada, porém, pode envolver um detalhe que o fã de automobilismo adora: uma passarela sobre a pista, dando aos fãs a chance de andar em cima dos carros de corrida.

Os serviços dentro no Anhembi para o torcedor são corretos. Caixas vendem fichas para cada comidas e bebidas e você pode usar essas fichas em qualquer das barracas espalhadas pela área de convivência atrás das arquibancadas. A saída ameniza as filas, que não ficaram tão grandes quanto em anos anteriores. Os preços, apesar de altos, não eram absurdos, com copa d’água ou refrigerantes a R$ 4,00.

4º passo: os treinos

Superado o caminho até a pista, chega a hora de assistir ao treino. E nesse quesito, a organização trouxe uma novidade que ajuda muito os torcedores de arquibancada. Até o ano passado, quem assistia à Fórmula Indy dos camarotes tinha TVs para acompanhar a movimentação na pista, mas das arquibancadas era complicado saber o decorrer dos treinos. Desta vez, um grande telão, na área central, ajuda os torcedores, mostrando a prova, com som alto o suficiente para que quem está na arquibancada consiga entender as idas e vindas na pista.

Além disso, quem estava nas arquibancadas do lado da Marginal leva uma vantagem: além de ver os carros na reta do Sambódromo, pode assistir às manobras na reta da marginal, a mais rápida do circuito, das escadas.

5º passo: volta para casa

O treino foi realizado no meio do dia (começou às 14h), mas a programação no Anhembi continuou até as 18h, com a prova da Top Series, de carros de turismo como Porsches e Ferraris, e a corrida de rua Indy Run, de 10 km, na pista do autódromo. Com isso, a saída do público acabou sendo diluída e o acesso aos ônibus foi facilitado. Mesmo assim, a chuva leve que caiu logo depois do treino e a terra da área de embarque fez algumas pessoas irem para casa com o tênis sujo de barro.