Jaqueline supera expectativas e volta à quadra 3 semanas após fratura na cervical

Na estreia da seleção feminina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (MEX), a ponteira Jaqueline deu um susto em todos. Após choque com a líbero Fabi, ela caiu no chão chorando. Jaque sofreu uma fratura na cervical e comoveu as companheiras. Agora, 22 dias depois, a jogadora já voltou a fazer leves trabalhos com bola em quadra, no treino de sua equipe, o Sollys/Nestlé, nesta segunda-feira.
 

Na quinta-feira, ela realizou novos exames em São Paulo e os resultados foram animadores. Jaqueline foi autorizada a retirar o colar cervical que utilizou nas últimas três semanas. A previsão inicial era de que a jogadora ficasse imobilizada entre quatro e seis semanas, o que mostra que a recuperação está melhor do que o esperado. "A Jaqueline fez alguns exames que estavam previstos e os resultados apontaram que as estruturas estão em processo de cicatrização e que a região apresenta total estabilidade. Ela já tem condições de retirar o colar cervical, de executar treinamento físico e de já iniciar alguns trabalhos com bola", afirmou Fernando Fernandes, fisioterapeuta da equipe paulista, após ver os resultados de uma ressonância magnética do encéfalo e da região cervical e de um raio-x e tomografia da região.
 

Jaqueline não escondeu a felicidade de superar as expectativas e já estar de volta às quadras menos de um mês após a séria contusão que sofreu no México. "Fico feliz sód e saber que estou voltando aos pouquinhos, com trabalhos físicos e de reforço muscular. Poder v oltar tranquilamente ao que eu gosto de fazer, retirar o colar cervical e começar a fazer fundo de quadra, neste momento, é uma realização na minha vida. Estou super feliz e quero retribuir da melhor maneira possível", comemorou a jogadora, que nesta semana voltará a fazer a programação da equipe e também trabalhos específicos.

Tiago Fruges, médico do Sollys, declarou que Jaqueline já apresentava evolução clínica boa antes mesmo da realização dos exames na última semana. Ela, inclusive, vinha respondendo ao trabalho de reabilitação que estava sendo feito. "Após três semanas do trauma, os exames não mostraram nenhum sinal de instabilidade e a atleta já está sendo, progressivamente, reintegrado ao grupo para a realização de algumas atividades. Acreditamos que nas próximas semanas ela já estará apta a realizar os treinamentos com maior intensidade e, posteriormente, ser liberada para jogar”, avaliou o médico.