Venturini faz trocadilho com filha Vitória e minimiza pior despedida da carreira
Fernanda Venturini começou a praticar vôlei aos 11 anos. Trinta anos depois, a levantadora se aposentou pela quarta vez acumulando títulos, recordes e status de uma das melhores da história. E mais: foi como atleta que ela conheceu o marido, o técnico Bernardinho. A família, aliás, fez parte de boa parte do discurso do adeus. A jogadora de 41 anos aproveitou até o nome da filha mais nova, Vitória, para fazer trocadilho e minimizar a pior despedida que já teve na carreira – deixou o ginásio do Maracanãzinho neste sábado sem troféus.
NÚMEROS DE VENTURINI
4
Olimpíadas
Jogos de Seul-1988, Barcelona-1992, Atlanta-1996 (bronze) e Atenas-2004.
12
títulos nacionais
Fernanda venceu vestindo a camisa de cinco clubes diferentes.
9
vezes melhor levantadora
Ela foi eleita a melhor de sua posição em edições de Superliga
A paulista de Araraquara assegurou que, desta vez, a aposentadoria não será repensada. Fernanda Venturini fez sua última partida como profissional neste sábado na derrota da Unilever para o Sollys/Nestlé por 3 a 0 na final da Superliga feminina. “Não tem como ficar triste. Hoje a gente não conseguiu jogar. Mas faz parte e elas estão de parabéns. Não posso reclamar de nada. Minha carreira será marcada pelas vitórias e não pelas derrotas. E a minha Vitória está em casa, que é a minha filha”, brincou após a decisão.
A levantadora encerra a carreira com quatro participações em Olimpíadas – conquistou o bronze em Atlanta-1996 –, um vice-campeonato mundial (também pela seleção brasileira) e 12 títulos nacionais no currículo. “Foi tudo muito bom. Minha carreira foi maravilhosa. Não tenho do que reclamar”, disse com os olhos marejados.
RELEMBRE TODAS AS DESPEDIDAS DA LEVANTADORA FERNANDA VENTURINI
![]() | 2001 - O primeiro adeus ocorreu após a Superliga. Na temporada 2000/2001, Venturini (2ª da esq) viveu situação semelhante a que presenciou neste sábado. A levantadora acabou derrotada na final pelo Flamengo e se despediu com o vice. No entanto, ela foi eleita como a melhor levantadora da competição e levou aos menos um troféu para casa. Durante o afastamento das quadras, ela teve a filha Júlia, 10 anos, fruto de seu casamento com o técnico Bernardinho. Voltou à ativa na temporada 2002/2003 a convite do BCN/Osasco. |
2006 - Desde o retorno, Fernanda Venturini conseguiu emplacar a volta também para a seleção brasileira e disputou a Olimpíada de Atenas-2004. A levantadora, no entanto, interrompeu o ciclo e parou pela segunda vez também após a final da Superliga. Desta vez, o então Rexona (atual Unilever) venceu o rival Osasco (atual Sollys/Nestlé) e faturou o título. Fernanda Venturini ainda acabou eleita a melhor de sua posição aos 35 anos. | ![]() |
![]() | 2007 - A Espanha foi o lugar escolhida por Fernanda Venturini para encerrar sua aposentadoria pela segunda vez. Em 2006, ela voltou a jogar e defendeu o Murcia. No clube, também sagrou-se campeã. Pouco tempo depois, a mulher de Bernardinho tentou emplacar uma convocação para os Jogos de Pequim-2008. Sem sucesso, ela viu de longe a conquista do inédito ouro olímpico da seleção brasileira. E não atuou mais profissionalmente. No período afastada, teve a segunda filha Vitória, 2 anos. |
2012 - O definitivo adeus ocorreu em grande estilo: final de Superliga, no maior clássico do país na modalidade e no Maracanãzinho lotado. No entanto, o desfecho não foi favorável. A derrota por 3 a 0 para o Sollys sacramentou a despedida com o vice. E, pela primeira vez, Fernanda Venturini saiu de mãos abanando. Viu Fabíola conquistar o troféu de melhor levantadora da temporada e deixou o ginásio sem títulos, mas com a filha Júlia. "O vôlei me deu a melhor coisa do mundo: um marido maravilhoso, com o qual tive duas filhas lindas", disse ela antes da decisão deste sábado. Veja como foi o jogo. | ![]() |
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