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Time renegado salva a edição da nova Superliga Masculina

Jogadores do Voleisul Paquetá participaram de lançamento da Superliga nesta terça-feira - Alexandre Arruda/CBV
Jogadores do Voleisul Paquetá participaram de lançamento da Superliga nesta terça-feira Imagem: Alexandre Arruda/CBV

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

21/10/2014 15h58

Desprezado em um primeiro momento pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), o Voleisul Paquetá, de Novo Hamburgo, "salvou" a edição 2014-2015 da Superliga de precisar ser totalmente reformulada. O clube do Sul aceitou a herdar a vaga deixada em aberta após a saída de Volta Redonda, por falta de condições financeiras, e a competição seguirá com 12 clubes, mantendo o formato de tabela que já havia sido divulgado pela entidade.

O convite para a participação veio apenas um mês depois de o clube ter sua entrada recusada, em reunião realizada em setembro. Na ocasião, seu ingresso na Superliga elevaria o número de participantes para 13, o que não era aceito pelas demais agremiações, nem pela entidade. À época, o Volta Redonda havia assegurado que jogaria o torneio e o Voleisul pleiteava o lugar deixado vago pelo RJ Vôlei, que encerrou suas atividades.

A oficialização do convite ocorreu no dia 7 de outubro e a diretoria do Voleisul, vice-campeão da última edição da Superliga B teve apenas 48 horas para correr atrás de patrocinadores, jogadores e conseguir confirmar a sua participação no torneio que tem início na próxima terça-feira (28). A estreia da equipe será em casa, contra o Vôlei Brasil Kirin, de Campinas, no dia 29.

“Fizemos um esforço muito grande, mas conseguimos parceiros na região, o apoio da prefeitura para montar uma equipe com condições de jogar o campeonato até o fim e fazer um time competitivo, pois a CBV arca apenas com os gastos de passagem. Ainda há jogadores chegando. Entramos na Superliga com o objetivo claro de não cair, tentar ficar entre os dez primeiros. Vamos tentar comer pelas beiradas”, afirmou Tiago Peter, diretor-geral do Voleisul Paquetá.

“Quando tivemos a primeira reunião, o Voleisul pleiteou a vaga, mas os demais clubes optaram por uma Supelriga com 12 times e por isso não foi possível a entrada naquela época. Quando o Volta Redonda anunciou a desistência, todos os clubes foram favoráveis a chamar o Voleisul”, explicou Radamés Lattari, diretor de competições nacionais da CBV.

“O clube, diferentemente de técnicos, torcida, jornalistas ou outros dirigentes, aceitou a decisão à época. Tínhamos um sonho que acabou sendo realizado agora. Estamos nos esforçando para apresentar uma boa equipe”, disse João Fernando Hartz, presidente do Voleisul Paquetá.

O clube não informa seu orçamento total para a temporada.