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CBV atende às exigências e deve manter o patrocínio do Banco do Brasil

Ary Graça era o presidente da CBV na época das irregularidades apontadas pela CGU - Divulgação / FIVB
Ary Graça era o presidente da CBV na época das irregularidades apontadas pela CGU Imagem: Divulgação / FIVB

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

07/01/2015 14h59Atualizada em 07/01/2015 18h02

A parceria entre Banco do Brasil e Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) deve ser mantida. O banco recebeu em 18 de dezembro as garantias por parte da CBV de que atenderia a todas as exigências feitas pela Controladoria Geral da União e pela própria empresa para evitar novas irregularidades.

O Banco do Brasil, patrocinador desde 1991, suspendeu o repasse de verbas até que a entidade esportiva justificasse e corrigisse cada item do relatório da CGU.

Os repasses ainda não foram restabelecidos. De acordo com a instituição financeira, serão feitos tão logo BB e CBV assinem aditivos contratuais que facilitem a fiscalização e inibam futuras irregularidades. Não haverá, no entanto, aumento no valor do contrato. Esses aditivos, afirmou o departamento de comunicação do banco, estão sendo feito pelos setores jurídicos das duas instituições. 

Os auditores da CGU sugeriram que, entre outras medidas, a patrocinadora aprimorasse sua atuação, solicitando esclarecimentos adicionais sobre o quadro orçamentário da CBV. Outra proposta da Controladoria à confederação é a elaboração de uma nova norma de compras e contratações "pautadas por princípios éticos, como a ausência de vínculos de parentesco até o terceiro grau com funcionário ou dirigente da CBV em contratos entre fornecedores e confederação".

A CBV informara que adotaria todas as medidas sugeridas pela CGU. "Auditoria externa, regulamento de contratações, vetos de empresas suspeitas, criação de comitê de apoio e, o principal, reaver judicialmente os valores de contratos apontados pela CGU como irregulares", comunicou a entidade.

Após uma análise detalhada das contas da CBV nos anos de 2012 e 2013, a CGU colocou em suspeição 13 contratos firmados entre a confederação e algumas empresas sob acusação de irregularidades.

Foram listadas falta de comprovação de serviço prestado, vínculo familiar com o então presidente da CBV, Ary Graça, contratação de empresas cujos sócios eram funcionários da confederação, entre outros itens.

O contrato é de R$ 350 milhões com vigência de 2012 a 2017.