Corinthians e líbero Serginho se mobilizam por time na Superliga de vôlei
Atual campeão da LBF (Liga de Basquete Feminino) e da Liga Nacional de Futsal, o Corinthians pode entrar em outro certame esportivo nacional a partir deste ano. A diretoria alvinegra já deu aval a um projeto capitaneado pelo líbero Serginho, 41, e pelo técnico Alexandre Stanzioni, 44, e os dois têm tratativas adiantadas para viabilizar a inscrição de um time na Superliga de vôlei masculino.
Serginho, detentor de quatro medalhas olímpicas (ouro em Atenas-2004 e Rio-2016; prata em Pequim-2008 e Londres-2012), é torcedor declarado do Corinthians. Usa a camisa 10 para homenagear o ex-jogador Neto, ídolo alvinegro nos anos 1990, e chegou a dizer em entrevistas que defender o time de Parque São Jorge era seu último grande sonho como profissional. O líbero tem sido usado como "a cara" do novo projeto.
Ele e Stanzioni apresentaram a ideia ao Corinthians no ano passado. Conseguiram anuência da diretoria para criação de um time, mas esbarraram em um problema logístico: o clube não enxergava condição de acomodar mais uma equipe no ginásio do Parque São Jorge.
Desde então, a dupla passou a oferecer o projeto a municípios paulistas. A prefeitura de Guarulhos aceitou fazer parte, mas apenas como apoiadora - o que inclui a cessão de ginásio e estrutura, mas não contempla um aporte financeiro.
Também já há acordo com patrocinadores, mas Stanzioni e Serginho ainda não reuniram toda a verba necessária. Sobretudo porque a ideia é montar um time diretamente para a Superliga - o outro caminho seria uma construção paulatina, passando pela Superliga B, que permitiria um avanço gradual no orçamento.
Para estrear diretamente na elite, a ideia do Corinthians é ficar com a vaga de São Bernardo. O UOL Esporte apurou que o município da Grande São Paulo ainda não garantiu a continuidade da equipe profissional. Em crise financeira, a cidade tem apenas a equipe sub-19 como certeza para a próxima temporada.
O Corinthians precisa de um orçamento, portanto, condizente com uma equipe da elite do vôlei masculino. Por isso, Serginho e Stanzioni e o marketing do clube ainda se movimentam em reuniões de prospecção. O prazo limite para resolver essa situação é o fim de maio.
"A ideia é fazer um time com consistência, estrutura e organização. A gente está pensando em fazer uma coisa de alicerce", relatou Stanzioni. "Pode fechar nos próximos dias ou não. Tem patrocinadores envolvidos, mas a gente precisa de mais apoio para dar tudo como certo", completou.
Serginho defendeu o Sesi-SP na última edição da Superliga. Se o projeto com o Corinthians não vingar, o líbero tem outras propostas na mesa - a despeito de ter se aposentado da seleção, o fim da carreira não é uma opção para agora.
Se a ideia vingar, em contrapartida, o Corinthians será o segundo time egresso do futebol na próxima edição da Superliga - o outro é o Cruzeiro, atual campeão e vencedor de cinco das últimas seis temporadas.
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