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Renan soma qualidades de líberos para suceder Serginho na seleção

Renan gosta do passe de Thales - Valterci Santos/MPIX/CBV
Renan gosta do passe de Thales Imagem: Valterci Santos/MPIX/CBV

Leandro Carneiro

Do UOL, em Curitiba

08/07/2017 15h00

Thales e Tiago Brendle. Os dois sabem que a missão de suceder Serginho não é das mais fáceis. O bicampeão olímpico abandonou a seleção depois de conquistar os Jogos do Rio de Janeiro. No primeiro desafio, na fase final da Liga Mundial, Thales saiu na frente. Mas, na hora do aperto, Brendle também foi usado.

Renan dal Zotto, técnico da seleção masculina, já sabe que não será fácil encontrar um novo Serginho. Por isso, aposta na soma das qualidades de seus comandados para conquistar o primeiro título, como fez contra os Estados Unidos, na semifinal.

“É uma posição importante e ingrata, a satisfação é você tomar bolada, botar para cima, acertar passes com precisão. É posição bem difícil. Thales é uma primeira experiência. Brendle já vem um tempo jogando. Os dois são grandes atletas. Nos dando muitas dúvidas. Determinado momento, vou querer o melhor de cada um. Brendle tem noção de defesa e espaço muito grande. Não dá para comparar com Serginho porque é um fenômeno. Os dois garotos têm potencial incrível. Hoje funcionou bem esse revezamento”, falou Renan.

Titular desde o começo da competição, Thales concorda com o técnico da seleção. Mas, não quer deixar a oportunidade passar.

“Para mim, é uma oportunidade única. Estou tentando agarrar com todas as mãos. Fato de ter sido Serginho, vai demorar muito tempo, se aparecer, outro líbero do nível dele. Não vamos esperar mais do que posso dar. É uma honra servir a seleção”, afirmou.

Serginho, que dominou a posição por muito tempo, dá seu aval para o sucessor na posição e reconhece a necessidade de ter calma.

“A gente tem de dar tempo ao tempo. Está numa posição difícil de ter de substituir um cara, querendo ou não, fez história na posição. Ele tem potencial muito grande. Mas tem de dar tempo ao tempo. Passar confiança, ele está no caminho certo, mas precisa evoluir em todos fundamentos. Passe, defesa, comunicação, precisa querer mandar no jogo. Liderança, cobrança, tem tudo isso para evoluir. Mas ainda está cedo”, finalizou.

Thales e Brendle terão o principal desafio deste início de ciclo olímpico na noite deste sábado. Na Arena da Baixada, o Brasil enfrenta a França na final da Liga Mundial.