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Rosamaria chama atenção na seleção. Mas quase trocou vôlei para ser modelo

Rosamaria posando de modelo - Instagram/Reprodução - Instagram/Reprodução
Imagem: Instagram/Reprodução

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

08/08/2017 04h00

A ponteira Rosamaria ganhou todas as atenções na última semana. Uma das novidades da seleção brasileira comandada por José Roberto Guimarães, campeã do Grand Prix, a atleta fez uma brincadeira nas redes sociais em busca de um "crush" que teria visto em um jogo do Brasil. Mas também foi destaque dentro de quadra, sendo uma das armas da equipe que derrotou a Itália na decisão, por 3 sets a 2.

Rosamaria chegou a perder a vaga para Drussyla depois da semifinal contra a Sérvia, mas seu retorno na decisão foi importante para que a equipe vencesse as italianas e ficasse com o título. A atleta vive um período de adaptação em sua carreira.

Originalmente, Rosamaria é oposta. Mas desde a passagem de José Roberto Guimarães pelo Campinas, a atleta sabe que o treinador confia no seu potencial no passe, uma cobrança constante do técnico.

"Foi uma das primeiras pessoas que falou: 'Rosa, você tem potencial para jogar na ponta'. Dou graças a Deus que jogo com eles desde novinha, porque vai pegando filosofia. Desde nova, eu consegui aprender o que precisava para buscar seleção. Estou feliz de trabalhar com ele de novo. Ele falou que podia jogar na ponta, falava que não posso. Eu me julgo insistente. Tive outras oportunidades que fui mal, tentei não me abalar", falou ao UOL Esporte.

“É difícil. Fui acostumada a jogar na saída, tenho outra função. Mexe muito com psicológico e ter paciência de estar entrando em fase de dificuldade. Acho que é isso que a gente busca, evolução. Bem feliz de estar nessa posição. Se puder jogar nas duas, melhorar”, completou.

Em quadra, Rosamaria também assume uma postura de não se abalar quando comete erros. "Sou da opinião que não pode deixar mostrar, todos têm dificuldade. Quando estou passando por momento de dificuldade, já passei por momentos bons e passou, estou num momento ruim e vai passar. A gente precisa ter essa positividade dentro de quadra porque um atleta vive de fases. Tem de saber que dentro do jogo nem sempre vai estar bem e nem sempre mal. Tento pensar positivo porque outras companheiras precisam disso, é um esporte coletivo. Se estiver mal e me fechar, é uma menos dentro de quadra, uma remando para trás e não é assim que funciona", afirmou.

Companheira no Minas Camponesa, a capitã Carol Gattaz, que chegou a defender a seleção brasileira há alguns anos, é só elogio para a atleta.

“A Rosa é uma jogadora super precoce. Mesmo com pouca idade, ela já se sobressaía como jogadora muito habilidosa. Agora está mostrando que faz várias funções. Só um ano que está nessa posição. E apesar das dificuldades, ela evoluiu bastante”, disse.

“Tem uma personalidade muito forte, muito boa. Chama responsabilidade dentro de quadra. Sabe o que está fazendo, diferenciada. Jogadora nova e que vai crescer muito e vai ajudar a seleção. Jogar com ela é muito gostoso. Ela é jogadora guerreira, gosta de jogar na garra e isso é bom para o grupo, puxa o time”, completou.

Vôlei quase foi trocado pelas passarelas

A atleta não é nenhuma gigante, mas o fato de medir 1,84m de altura chama a atenção. Desde pequena, ela chamou a atenção pela beleza. Quase foi modelo, mas por ser tímida, ela preferiu as quadras, onde as coisas já estavam dando certo.

A ponteira já vive outros tempos e até topa fazer alguns ensaios como modelo. Quando o assunto é se destacar pela beleza, Rosamaria prefere que o reconhecimento venha primeiro por seu trabalho dentro de quadra. Mas, se tudo estiver correndo bem, não vê problema e assumir o posto que já teve Jaqueline e Mari Paraíba na seleção.

Sobre o affair da fileira B57 do jogo da seleção brasileira, Rosamaria não comentou ao ser procurada pela reportagem.