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Modelo e chef de cozinha. Conheça a atleta que ajuda Zé Roberto em Barueri

Suelle fez trabalho como modelo - Reprodução/Instagram
Suelle fez trabalho como modelo Imagem: Reprodução/Instagram

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

04/09/2017 04h00

Suelle chegou ao auge da carreira em 2015. Ela defendeu a seleção brasileira de vôlei no Grand Prix. Mas, a sequência da atleta não aconteceu na elite. A ponteira perdeu espaço e fez uma escolha. Abraçar um projeto sem remuneração por confiar em José Roberto Guimarães. Não jogar na elite do vôlei e ajudar o treinador e suas companheiras em Barueri a chegar na Superliga. Esse foram os dois últimos anos da atleta que volta agora a sonhar com uma oportunidade na seleção.

“Quando recebi a ligação do Zé, dizendo que ia montar projeto, ter de jogar terceira divisão, sem salário, você até se questiona. No meu caso, estava em transição, quando fez o convite, não pensei duas vezes. De estar com ele, para mim, já valia tudo. Ele estar fazendo esse convite, jamais falaria não para ele”, afirmou ao UOL Esporte.

A última temporada não foi de mudanças para Suelle apenas dentro de quadra. A jogadora também iniciou uma nova carreira. A atleta se arriscou como modelo e também como chef de cozinha.

“Eu realmente nunca tinha feito trabalho desse por ser tímida, sempre tive vergonha, não achava que ia somar. Mas esse ano quis me dar essa chance de fazer coisas diferentes, adorei, foi divertido. Tirei fotos para marca de uma amiga, fiz um book com roupa sem ser de vôlei. Penso que isso tudo passa, essa visibilidade como jogadora, juventude, temos de aproveitar esses momentos porque depois que passa não volta mais. Faria mais, alguns books diferentes, lugares diferentes e até para perder a timidez. Foi legal os trabalhos que fiz e pretende fazer mais”, disse a atleta.

A ponteira também tem se arriscado na cozinha. Ela tem feito curso de gastronomia, o que pode ser uma carreira para seguir quando abandonar as quadras.

“Minha relação com a cozinha começou quando era bem nova. Fui embora de casa com 16 anos, tive de me virar. Ali foi quando comecei a cozinhar. Eu era um desastre, não sabia nem fritar ovo. Antes de sair de casa, minha mãe fazia tudo para mim. Atleta sempre está com fome e sempre quer as coisas na hora, sempre quer comer rápido. Eu fazia comida e congelava, quando saía do treino, comia. Quando conheci meu atual noivo, estamos juntos a quase 5 anos, ele estava se formando em gastronomia. Ele começou a dar dicas, sempre curiosa. Ele sempre me dando dica, comecei a aprender algumas coisas. Comecei a me apaixonar pela cozinha. Não sou uma chefe. Resolvi fazer faculdade a distância, antes tentei faculdade de administração. Estou no segundo semestre. É difícil conciliar, se policiar em casa, ter de ligar computador, estudar. Mas me comprometi com isso, está sendo bacana, estou adorando. Sou aprendiz ainda. Não sou cozinheira de mão cheia, ainda”, revelou.

“Por enquanto penso em aprender, me aperfeiçoar para depois pensar em abrir negócio. Eu realmente quero ver como vou lidar, se sou boa, se não sou. Mas meu maior objetivo quando decidi fazer gastronomia foi de querer aprender mais, querer saber sobre especiarias, tempero, história da gastronomia do mundo. Sempre fui curiosa. Meu objetivo neste momento é aprender, até mesmo na prática. Depois, se realmente gostar desta área e tiver mais conhecimento, quem sabe não possa ter negócio próprio”, completou.

Suelle faz questão de ir maquiada à quadra - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Cuidados com a pele e silicone

Suelle também revelou que é uma pessoa preocupada com a aparência. Diferente do que fazia na época em que era mais nova, a atleta faz questão de usar maquiagem nas partidas. Outra preocupação que teve há alguns anos foi colocar silicone.

“Quando era mais nova não era vaidosa, não passava maquiagem, saía descabelada. Por ser atleta, suava o tempo todo, não era legal se ajeitar. Com tempo fui mudando. Acho legal se arrumar, ser vaidosa. Mostra que você se gosta, se importa. Me preocupo com a pele, uso protetor todo dia, uso maquiagem para jogar, passo rímel para treinar. Não faço porque alguma faz, faço sempre pensando em mim, o que eu gosto. Tudo é válido. Não pode chegar lá e achar que é festa, existem momentos apropriados. Tudo que te deixa bem, te deixa feliz, é válido”, disse.

“Fiz cirurgia plástica quando era mais nova, tinha 23 anos. Coloquei prótese mamaria. Foi uma coisa estética, por vaidade, mas a gente que é atleta, a gente malha muito. Você vai perdendo aquela gordura da mama. O pouco que tinha, quando comecei malhar muito braço e peitoral, acabei perdendo. Resolvi fazer essa cirurgia”, complementou.

Suelle defendeu seleção no Pan - Divulgação / FIVB - Divulgação / FIVB
Imagem: Divulgação / FIVB

Seleção brasileira

Estar próxima do treinador da seleção feminina faz com que a atleta ainda sonhe com uma nova oportunidade na equipe de José Roberto Guimarães. “Sonho ainda com seleção. O Zé tinha dado oportunidade de fazer parte deste grupo esse ano para ganhar ritmo para começar mais forte. Só que sou muito crítica em relação a meu desempenho. Eu falei que precisava de tempo para ficar bem, me recuperar. Sei que tempo de descanso vai ser importante para mim. Quero voltar, mas para conquistar espaço. Se for para ir, não ter chance, eu não quero. Me conheço bem, sei como consigo chegar no meu melhor, na situação que estava, não estava no meu melhor”, finalizou.