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Defesa de Giba acusa Pirv de tentar fugir com filhos; advogado dela nega

Roberto Filho/Agnews
Imagem: Roberto Filho/Agnews

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

06/03/2018 12h57

Advogados de Giba, José Rodrigo Sade e Antenor Demeterco Junior saíram em defesa de seu cliente e fizeram uma série de acusações contra Cristina Pirv, ex-mulher do ídolo da seleção brasileira. Eles afirmam que a também ex-jogadora tentou fugir com os filhos do casal para a Romênia em 2015 e que só não deixou o país por ter sido impedida pelo ex-marido na Justiça.

"A grande briga começou no fim de 2015, quando a Cristina resolveu morar na Romênia. Ela colocou a casa a venda, comprou passagem só de ida, cancelou matrícula. Tudo isso sem avisar ao pai. Fez isso secretamente para ir para a Europa, na época de recesso da Justiça. Mas o Giba, como um pai presente, não deixou. E ali começou a guerra. Aí ela se sentiu prejudicada e tornou a vida do Giba e da atual mulher dele uma guerra”, disseram os advogados em entrevista coletiva em Curitiba, transmitida no Instagram do ex-jogador nesta terça-feira (6). A presença do UOL no evento foi censurada por Giba.

Consultado pelo UOL Esporte, o advogado de Pirv, Rodrigo Reis Silva, negou a acusação de que a ex-jogadora tenha tentado levar os filhos para a Romênia sem avisar Giba. Ele confirmou, porém, que sua cliente quis se mudar para o país natal em 2015 e que o assunto foi discutido na Justiça.

"Na época a Cristina recebeu o convite para presidir a seleção da Romênia. Ela já tinha se separado [do Giba]. Por questão de infidelidade, ela se divorciou e queria retomar a vida. O Brasil não é o país dela, não dava motivo para ficar. Queria retomar a vida e comunicou o Gilberto [sobre intenção de voltar para Romênia]. Ele teve o entendimento que isso não seria bom e entrou com ação. A Justiça decidiu, ela acatou e ficou. Se fosse escondido, ele não saberia. Só entrou com ação porque soube através dela”, disse o advogado de Pirv.

Em entrevista coletiva nesta terça, Giba e seus advogados alegaram que o ex-jogador não tem como arcar com o valor de R$ 12 mil de pensão alimentícia e que precisou pedir empréstimos com amigos e familiares para quitar os 10 meses de atrasos, em um montante que chegava a quase R$ 82 mil. A defesa ainda alega que Pirv chegou a pedir R$ 52 mil de pensão no começo do processo, quando saiu o primeiro pedido de prisão do ex-atleta logo após a separação, em 2013. O valor teria sido reduzido na sequência.

"Não existe esse pedido, concordo que é astronômico. Nunca pedi isso, nem a Cristina", negou o advogado de Pirv, que ainda rebateu o argumento de Giba de que não teria rendimentos para pagar o atual valor da pensão e acusou o ex-jogador de ocultar valores.

“[Giba não apresentou] A ajuda de custo que recebe da FIVB como embaixador, é em francos suíços. Tinha uma nota fiscal, em poder da Cristina, que ele também não apresentou. Recentemente [novembro e dezembro] ele fez dois eventos do Bradesco, corrida e palestra. Foram apresentados os valores que ele faturou? Não foram”, afirmou Rodrigo Reis.

Dívida com a escola dos dois filhos

Outra acusação feita pelos advogados de Giba diz respeito à escola dos filhos do casal. Eles alegam que Pirv não usou o dinheiro da pensão para pagar a mensalidade e que as dívidas com a instituição teriam chegado a R$ 50 mil - valor que teria sido quitado por ela apenas quando Giba se ofereceu para transferi-los a outra escola, onde receberiam bolsa de estudos. 

"Não conheço no Brasil alguém que recusaria bolsa de estudo vitalícia", disse José Roberto Sade. "Por tudo isso, a gente tem certeza que essa briga não é pelos filhos, porque eles estão bem, estudando bem. A briga é pessoal".

A acusação também foi rebatida pelo advogado de Pirv, que afirmou que a ex-jogadora só contraiu a dívida com a escola pelo fato de Giba não pagar corretamente o valor de pensão. 

“Óbvio que ela não pagava o colégio. Fazendo uma média, às vezes ele pagava R$ 6 mil [de pensão]. Tinha mês que não ele pagava nada. Em outro mês pagava R$ 2 mil. Não tinha constância. Só que colégio é constante: R$ 6 mil é só escola. Tem van, condomínio. Algo em torno de R$ 3 mil a 4 mil de condomínio. Despesa com alimentação, empregada, roupa. Os R$ 6 mil que ele mandava não eram suficientes para suprir a necessidade, mais o colégio”, declarou Rodrigo Reis.

O advogado de Reis ainda voltou a explicar o motivo da recusa da bolsa de estudos na escola indicada por Giba: "A Cristina levou os dois até o colégio e eles fizeram tour lá. Não gostaram e pediram para não mudar de escola. Nicoll [filha] mandou por escrito para o pai que não queria mudar de escola”, disse o advogado.