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Tifanny quer seleção, mas mantém cautela: "Tenho muita coisa para aprender"

Tifanny sorrindo - Neide Carlos/Volei Bauru
Tifanny sorrindo Imagem: Neide Carlos/Volei Bauru

Do UOL, em São Paulo

23/03/2018 17h00

Destaque da Superliga feminina de Vôlei, Tifanny Abreu falou sobre seleção brasileira. Em entrevista à TV Anhanguera, a ponteira do Bauru, que é a primeira atleta transexual a jogar a competição nacional, afirmou que ainda sonha em ser chamada pelo técnico José Roberto Guimarães.

"Todas as jogadoras têm esperanças de chegar um dia na seleção, eu não sou diferente, mas isso vai ficar a critério do técnico. Tenho muita coisa para aprender ainda no vôlei feminino", explicou a jogadora de 33 anos.

Tifanny se tornou alvo de polêmicas desde outubro de 2017, quando a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) autorizou a atleta a atuar por competições femininas após a mudança de sexo, iniciada em 2012.

Em sua primeira temporada no Bauru, a trans já possui a melhor média de pontos por set na competição. Alvo de discórdia inclusive entre outras jogadoras, Tifanny disse que não se importa com as críticas.

"Você tem que estar preparada a partir do momento em que você faz uma transição. Se as pessoas vão aceitar ou não, aí já não é comigo. Eu me aceitando, vou estar feliz sempre", disse.

O próprio José Roberto Guimarães já falou sobre as chances de Tifanny na seleção feminina. O técnico explicou que sendo permitida a convocação, a ponteira passa a estar no radar da equipe.

"A partir do momento que ela tiver permissão de jogar, não vejo problema nenhum. Parto do princípio que as chances devem ser dadas a todas", comentou José Roberto Guimarães.

"Se for elegível para a Superliga, ela também será elegível para uma possível convocação, assim como todas as atletas que jogam a Superliga. Não tenho nada contra", deixou claro.