| 16/02/2005 - 14h47 Presidente da CBV garante finais da Superliga em TV aberta Cauê Rademaker Especial para o UOL Esporte No Rio de Janeiro Há algum tempo o voleibol brasileiro tem dominado o cenário internacional, principalmente no masculino, com a seleção comandada por Bernardinho tendo conquistado praticamente todos os títulos possíveis desde 2001. Em 2004, isso não foi diferente e o Brasil trouxe de Atenas o ouro olímpico. Entretanto, apesar dos resultados obtidos e do cada vez maior interesse da população no esporte, o torcedor tem tido dificuldades para acompanhar a Superliga, principal competição de vôlei no país.
 | | Ary Graça (centro) acompanha o desfile de apresentação os novos uniformes | Isso porque o torneio, que teve início em novembro do ano passado, teve suas transmissões, que eram feitas em TV aberta pela RedeTV!, interrompidas em janeiro deste ano. Tudo por conta de um entrave entre a emissora e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) em relação às cotas de transmissão do evento.
No acordo inicial, CBV e RedeTV! arcariam com os custos das transmissões até o fim de 2004 e, enquanto isso, a emissora tentaria vender as cotas para comerciais. Mas a TV pediu um valor muito acima ao que a confederação e os clubes estipularam e, desta forma, assustou os investidores e nenhuma cota foi vendida.
Assim, a CBV anunciou que não arcaria mais com as despesas e, em contrapartida, a RedeTV! parou de transmitir os jogos, que eram televisionados nas noites de sábado e tardes de domingo. Agora, jogo ao vivo somente pela TV a cabo, na Sportv.
"Fiquei surpreso com essa interrupção. Mas de qualquer maneira estamos sempre abertos para negociar e até a fase final as partidas voltarão a ser transmitidas, ou pela RedeTV! ou por outra emissora. Ontem [terça-feira] mesmo estive reunido na TV Bandeirantes, para conversar. O nosso contrato com a RedeTV! nunca foi assinado e podemos negociar com outra", disse o presidente da CBV, Ary Graça, que aproveitou para cutucar a emissora que detinha os direitos de transmissões:
"Eles estavam pedindo R$ 6 milhões por cada cota. Não vai funcionar assim. Isso é mais do que jogo da seleção de futebol".
Quanto à audiência das partidas, que, segundo informações da emissora, não conseguia ultrapassar os dois pontos, Ary Graça não viu isso como um problema. Contrariando os números, considerou excelente a média que estava sendo obtida.
"Para a emissora o retorno estava acima da média no horário. Digo até que eles tiveram uma das melhores médias nos últimos anos. Esse não era o problema", disse o dirigente.
Presidente ignora FVSP Sobre a fundação da Federação de Vôlei do Estado de São Paulo (FVSP, que surge como oposição à Federação de Vôlei Paulista), que acontecerá neste sábado no Conjunto Desportivo Baby Barione e terá como presidente Mauro Checkin, do São Caetano, Ary Graça foi duro com as críticas.
"Há apenas um clube criando caso. Caso tenha alguém insatisfeito, o presidente da Federação Paulista irá resolver isso. Lá em São Paulo tem várias ligas e isso é saudável ao vôlei. Mas uma nova federação não pode existir. Não há a menor hipótese disso. Ou os clubes optam por estarem dentro do sistema ou ficarão fora dele", disse o presidente. |