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Miami responde a lavada com show de Wade e empata final da NBA

Do UOL, em São Paulo

14/06/2013 00h41

Dwyane Wade lembrou, nesta quinta-feira, qual é a sensação de ser "O Cara" das finais da NBA. MVP do título de 2006, ele fez 32 pontos na vitória do Miami Heat sobre o San Antonio Spurs por 109 a 93. Só não foi o cestinha do jogo porque LeBron James, quando o jogo já estava definido, fez os três últimos pontos do jogo saltando para 33. Nada mal para um time que, há dois dias, sofreu sua pior derrota nos playoffs na história.

Na terça-feira, os Spurs venceram por 36 pontos, uma das maiores vantagens que as finais da NBA já viram. Foi uma aberração. E os derrotados entraram em quadra nesta quinta-feira para provar isso. Principalmente as três estrelas do Heat. Wade passou dos 30 pontos. LeBron foi o primeiro jogador do Heat a chegar à marca dos 20 pontos em um jogo em toda a série final (fez isso ainda no terceiro quarto). E Chris Bosh, sempre criticado, chegou aos dois dígitos nos rebotes (e ainda fez 20 pontos).

Mesmo jogando uma partida consistente, o San Antonio não conseguiu responder ao trio durante os 48 minutos de jogo. O francês Tony Parker até tentou, mas, lidando com uma lesão muscular, não teve pernas até o final. A partir do meio do quarto período, o jogo já estava definido, com 15 pontos para os visitantes.

Com isso, a série fica empatada em 2 a 2. No domingo, às 21h, os dois times voltam a se enfrentar, em San Antonio. Depois, as finais da NBA voltam para Miami, onde será disputado o jogo 6 e, se necessário, também o sétimo confronto.

Chave do jogo: as mudanças do Heat (sim, estamos falando da escalação)

Olhe para o placar final. E agora para a escalação que o técnico Erik Spoelstra mandou para quadra para abrir o jogo. “Mas esse técnico ganhou o jogo com essa mudança”, você pode pensar.  Foi isso, mas não exatamente pelos jogadores trocados. O treinador colocou Mike Miller no lugar de Udonis Haslem. E essa mudança, isolada, não foi exatamente ideal. O ala, dono de um chute certeiro, começou o jogo completamente perdido na marcação. Em um lance, inclusive, bateu-cabeça com Mario Chalmers em uma rotação. O resultado? O San Antonio abriu 15 a 5. E parecia que seria um passeio.

Foi nesse momento que a história do jogo mudou. E a mudança de Spoelstra começou a ser eficaz. Sem Haslem ocupando espaço no garrafão, as três estrelas do Heat tiveram mais espaço, lá dentro, para jogar. LeBron e Wade estavam muito, mas muito mais ativos do que nas partidas anteriores. Tanto que, no segundo quarto, lideraram o time para uma reação incrível, que chegou a ter vantagem de dois dígitos. Até mesmo o criticado Bosh acordou: como principal defensor do garrafão, deu tocos e pegou rebotes.

BALA NA CESTA: ATUAÇÃO DE GALA DE WADE

  • Wade jogou como o bom e velho Dwyane Wade e liderou o time com 32 pontos, 6 rebotes, 4 assistências e 6 roubos, Bosh foi muitíssimo bem (20+13 rebotes) e LeBron James não ficou tão sobrecarregado assim. Leia mais

O motivo do equilíbrio: Parker e os tiros de três

Foi uma partida muito boa do Miami Heat. Intensidade na defesa, procurando o jogo de garrafão no ataque. Pela primeira vez LeBron James chegou aos 33 pontos nas finais. Se fosse contra qualquer outro time, tinha sido uma vitória fácil. Mas foi contra o San Antonio empolgado pela lavada de terça-feira.

Lembra que Danny Green e Gary Neal foram quase perfeitos da linha de três pontos na terça-feira? Eles continuaram arremessando muito. No início do quarto período, já tinham seis cestas de longe. Além disso, Tony Parker conseguiu, durante o primeiro tempo, superar a contusão que o tirou de alguns minutos do jogo três. Enquanto ficou em quadra, ele foi o grande responsável pelo San Antonio se manter próximo no placar, apesar da agressividade do rival. No segundo quarto, por exemplo, os Spurs só foram ao intervalo empatados por culpa de penetrações de Parker, que parecia imparável. O problema é que, no segundo tempo, ele não conseguiu aguentar o ritmo. Contra 15 pontos nos dois primeiros quartos, ele saiu zerado nos outros dois períodos.

Splitter sofre contra Miami aberto

O brasileiro foi o maior prejudicado pelas mudanças do Miami Heat. No primeiro período, por exemplo, ele acabou tendo de marcar atletas muito mais rápidos. Incluindo Wade e LeBron. Não foi bem e atuou por menos de dez minutos. A dificuldade foi tanta que Greg Popovich até mesmo preferiu usar o francês Boris Diaw, que nem em quadra entrou no jogo 3, dentro de seu garrafão. E o gordinho fez bem sua função, sendo mais efetivo que o brasileiro: Splitter, 4 pontos e 3 rebotes em 14 minutos, contra Diaw, 9 pontos e 3 rebotes em 11.

Mariachi volta a cantar hino dos EUA após críticas

Na última terça-feira, o garoto Sebastian De La Cruz cantou o hino dos EUA vestido de mariachi, os tradicionais músicos mexicanos. O fato gerou uma série de comentários racistas nas redes sociais. O problema foi tão grande que até mesmo o técnico dos Spurs, Greg Popovich, defendeu o cantor, chamando os críticos de idiotas. Mesmo com a polêmica (ou, provavelmente, justamente por ela), Sebastian, de 11 anos, cantou o hino nacional norte-americano novamente nesta quinta.