NBB dá brecha a 'marmelada' com risco de campeão no saldo de pontos
A mudança no formato de disputa da final do Novo Basquete Brasil (NBB), estudada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), pode ocasionar situações inusitadas dentro de quadra. Com a decisão em duas partidas, abre-se a brecha para que o vencedor do primeiro jogo dispute o confronto seguinte ‘com o regulamento’ e até mesmo entregue o resultado por determinado placar devido ao desempate no saldo de pontos.
Na segunda partida, seria mais vantajoso para o vencedor do primeiro confronto perder por uma margem pequena de pontos no tempo normal do que levar o jogo para prorrogação e correr o risco de uma derrota por larga diferença. Desta forma, poderia ‘entregar’ o resultado nos minutos finais para ficar com o título.
Outra situação possível é que o perdedor do primeiro jogo abra mão de vencer no tempo normal da segunda partida por uma margem pequena, levando o duelo para a prorrogação. Desta forma, teria a chance de abrir larga diferença e reverter o déficit de pontos do confronto anterior.
“Pode acontecer, mas é pouco provável. Faz parte do esporte”, disse Cássio Roque, presidente da LNB, ao UOL Esporte. “O que pesou [para a mudança] é que uma final em jogo único não representava o que foi o campeonato, pois a melhor equipe podia estar em um dia ruim. Outro fator é a exposição maior em TV aberta, que para nós é muito importante”.
A possibilidade de mudança no formato da final do NBB é a busca por uma maior visibilidade em TV aberta. A decisão em jogo único seria trocada por dois confrontos transmitidos ao vivo pela Globo, que ainda dará a palavra final sobre a mudança no regulamento. Caso cada finalista vença uma partida, o campeão seria decidido no saldo de pontos.
“Cada time terá 32 jogos na fase classificatória, depois vem oitavas, quartas e semifinais. Na final, depois de dois jogos, com possibilidade de prorrogação, se cada finalista ganhar um teríamos o desempate no saldo de cestas. É um critério de desempate, mas é muito difícil que isso aconteça. Já teve campeonato de futebol decidido na moedinha”, defendeu Roque.
A final em duas partidas será utilizada na Copa Intercontinental, o antigo Mundial Interclubes. A taça, que volta a ser disputada em 2013 após 17 anos, reunirá os campeões da Liga das Américas (Pinheiros) e da Euroliga (Olympiacos). Nenhuma das grandes ligas nacionais de basquete, porém, utilizam este sistema.
“Não nos baseamos em nenhuma outra liga [para fazer a mudança]. Se você olhar a Euroliga, o Final Four também é decidido em dois jogos. Um na semifinal e outro na final”, justificou o dirigente.
11 Comentários
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Já não basta a descaracterização do vôlei, agora querem acabar com o basquete. Não acabem com o play-off!
Saudade de quanto era trnamsitido pelo Luciano do Valle (na tv e,m que ele estivesse) - Desde que foi para a Globo o basquete vem penando,. penando e acabando. Até o chato do volei superou (quem gosta daquilo?)