Magnano culpa dispensas por vexame histórico: "Deixaram a gente na mão"
O técnico Rubén Magnano não poupou palavras aos jogadores que pediram dispensa da seleção brasileira masculina. Visivelmente emocionado, o treinador dividiu a culpa pelo histórico vexame na Copa América com os atletas que pediram para não defender o time nacional na competição continental.
“Os maiores responsáveis pelo que está acontecendo, em primeiro lugar sou eu. A segunda responsabilidade é de todos aqueles caras que deveriam estar aqui e não estiveram. Há muitos caras que teriam que estar aqui e não estiveram representando seu país, deixando a gente praticamente na mão”, criticou Magnano, em entrevista ao Sportv.
O Brasil sofreu com as dispensas na Copa América, com sete jogadores pedindo para não disputar a competição. Nenê, Leandrinho, Anderson Varejão e Marquinhos alegaram lesões. Tiago Splitter optou por tirar férias. Já Lucas Bebê e Vitor Faverani preferiram negociar com times da NBA a defender o time nacional.
Com isso, o país levou uma seleção enfraquecida para o torneio continental, principalmente no garrafão. O resultado foram quatro derrotas, 0% de aproveitamento e eliminação ainda na primeira fase, com direito a reveses contra seleções fracas como Jamaica e Uruguai. Sem obter classificação pela primeira vez, agora o Brasil depende de um convite para ir ao Mundial.
“Que fique bem claro que isso não são desculpas pelo resultado. Isso tem a ver com a representação de um país. O sentimento que significa representar um país. Por isso, para bater nesses caras aqui, tem que bater em mim e nos caras que não estiveram aqui”, disse Magnano.
Contratado em 2010, o treinador campeão olímpico com a Argentina mudou a maneira da equipe atuar e foi o principal responsável por recolocar o Brasil nas Olimpíadas após 16 anos. Na Copa América, porém, Magnano não conseguiu fazer o time jogar bem, viu todos os conceitos aplicados até então não serem colocados em prática e ainda foi suspenso por uma partida pela expulsão contra o Canadá, na qual teria ofendido a arbitragem.
“Estou muito triste e decepcionado. É um sentimento que contrasta com a honra que tive em ajudar o Brasil a voltar a disputar as Olimpíadas de Londres. Estou vivendo uma experiência que nunca vivi na minha vida. Sempre vim para brigar por titulo, lutar por playoff. É um passo atrás estar fora de uma competição como o Mundial”, lamentou o treinador.
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