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Ele pode ser campeão do NBB. Mas faz sucesso mesmo no Ratinho e na Eliana

Luis Augusto Símon

Do UOL, em São Paulo

13/05/2014 06h00

Super-Homem está pronto para ajudar o Paulistano a vencer o São José e chegar à sua primeira final de NBB. Não é o Clark Kent, e sim o pivô Thiago Labbate, 30 anos e 2m08. O jogador, reserva da equipe da capital paulista, também ganha a vida encarnando o Super-Homem em eventos promocionais. Ele apareceu até na televisão vestido de super-herói. 

“Fui de Super-Homem no programa do Ratinho. Também participo daqueles programas de namoro da Eliana e do Rodrigo Faro. E faço bastante trabalho como modelo fotográfico”, conta Labbate, que não tem dúvida alguma quando as duas vidas – a de Super-Homem e pivô – se entrelaçam. “Nunca perdi um treino de basquete para fazer trabalho de modelo ou eventos. Estou em um dos grandes times do Brasil e sei da minha responsabilidade”.

A responsabilidade aumenta nesta terça-feira, quando o Paulistano recebe o São José na primeira partida da série semifinal do NBB, o principal campeonato de basquete do país. A partida acontecerá em São Paulo, às 19h30.

Ele chegou ao Paulistano de forma surpreendente. Depois de duas temporadas na Liga Sorocabana, ficou sem clube em 2013. “Me dediquei ao estudo (Educação Física) e às fotos e joguei em uma liga menor, com o time da ADPM. Então, veio o convite do Gustavo Conti (técnico do Paulistano) e voei para cá. Estou me dedicando muito”.

Gustavo Conti está gostando. “Basquete não é apenas para quem faz muitos pontos, também é para quem vem do banco e colabora com a equipe. O Labbate é muito forte, bom na marcação e tem se esforçado para melhorar alguns pontos fracos. No jogo contra Franca, ele fez bom trabalho marcando o Paulão, destaque deles”.

As estatísticas mostram que Labbate participou de 21 partidas do NBB. A média em quadra é de sete minutos. No total, fez 24 pontos e conseguiu 41 rebotes. “Preciso melhorar os lances livres, treino bastante para isso”. Foram nove tentativas e quatro acertos.

Labbate começou a jogar no Regatas de Campinas, com 14 anos. Em 2009, já com 25, estava atuando no Pantera de Aguascalientes, no México. O filho do dono do time era editor da revista Insane e o convidou para algumas fotos. Ele aceitou, recebeu elogios e viu um novo filão profissional.

De volta ao Brasil, resolveu colocar seriedade no que começou como apenas uma experiência. “Fiz um book de fotos e entrei em uma agência que busca trabalhos para mim. O retorno tem sido bom”.

Labbate recebeu vários convites também para despedidas de solteiras e clubes das mulheres. Recusou todos. “Eu sou um modelo sensual e não sexual. Sei separar as coisas”. E vai continuar fazendo assim nos próximos anos, dividindo-se entre a pancadaria na quadra e as fotos. Há pouca interferência entre elas. “Uma vez ou outra vem adversário falando que eu pareço um gay nas fotos e eu nem escuto”.

E quase houve uma terceira profissão em 2014. Ela interferiria – e muito – nas outras duas. “Quase participei do BBB. Cheguei a fazer entrevista com o Boninho, mas não fui chamado”. Se passasse por lá, os vôos do Super-Homem pelas quadras, talvez, e revistas, certamente, seriam mais bem pagos.