O que fazer? Está difícil para a Red Bull conseguir fornecedor de motores
Há dois meses, o presidente da Red Bull, Dietrich Mateschitz, estipulou que o prazo para a empresa resolver a falta de fornecedor de motores para a temporada de 2016 - e determinar se vale a pena continuar na Fórmula 1 - era até o final de outubro. Porém, a situação do time tetracampeão do mundo entre 2010 e 2013 se arrastou e segue indefinida.
Em agosto, a Red Bull decidiu que romperia seu contrato com a Renault, após uma série de críticas públicas ao desempenho do motor francês desde a introdução do turbo V6 híbrido, no início de 2014. A esperança era que a Mercedes aceitasse fornecer motores ao time, mas os alemães logo saíram de cena, justificando que não queriam correr o risco de sofrer as mesmas críticas públicas que a Renault sofreu.
A segunda opção da Red Bull foi a Ferrari, que ofereceu motores de 2015 para a Red Bull disputar a próxima temporada, o que foi classificado pelo consultor dos austríacos, Helmut Marko, como um “abuso”. Os italianos dizem que não têm tempo de fornecer equipamento atual para mais um cliente - o time também fornece para Sauber e Haas, que estreia ano que vem.
O terceiro ‘não’ da Red Bull veio da Honda. De acordo com o promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, os japoneses concordaram em trabalhar com a equipe, mas a parceria foi vetada por Ron Dennis, CEO da McLaren, time com a qual os japoneses têm um acordo especial.
Agora, Ecclestone tenta costurar um acordo com as montadoras para permitir que a Fórmula 1 tenha um motor alternativo, o que resolveria o problema da Red Bull. O tipo de motor proposto é similar ao usado atualmente na Fórmula Indy. Porém, com o risco do novo motor ser superior ao atual, existe resistência do quarteto Mercedes-Ferrari-Renault-Honda.
Como a própria Red Bull não acredita ser possível seguir com a Renault depois de todo o desgaste das últimas duas temporadas, o prazo de Mateschitz deve acabar sem uma solução clara para a equipe tetracampeã do mundo.
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