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Felipe Massa aposta em Caio Collet como próximo brasileiro na Fórmula 1

Do UOL, em São Paulo

18/05/2019 04h00

O Brasil vive um cenário incômodo em 2019, ano em que a morte de Ayrton Senna completou 25 anos: pela segunda temporada seguida, o país não conta com pilotos entre os titulares da Fórmula 1.

Para Felipe Massa, a situação é ainda mais peculiar. Piloto da Williams até 2017, ele foi o último atleta brasileiro a disputar a F-1. Por isso, espera que o automobilismo brasileiro logo se veja em condições de preencher esta lacuna e colocar novamente um piloto no grid, dando sequência a uma história de grandes nomes da categoria.

"O Brasil sempre foi um país muito forte para criar pilotos, uma escola muito importante do automobilismo. Tivemos muitos pilotos que tiveram a chance de chegar, de correr na Fórmula 1. É logico, tivemos Emerson Fittipaldi, que foi o começo; não podemos esquecer do Moco, o José Carlos Pace, que acabou falecendo (em 1977), que era também um piloto muito forte naquela época; Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello e eu. Foram os pilotos, sem dúvidas, com mais sucessos na Fórmula 1, que tiveram a chance de vencer, de lutar por campeonatos - e esses três (Fittipaldi, Piquet e Senna) foram campeões", disse Massa, que hoje compete na Fórmula E.

"Mas tivemos muitos pilotos brasileiros que entraram na Fórmula 1, muitos pilotos que tiveram a chance, que venceram categorias de base. O Brasil sempre foi um país muito forte. Infelizmente, agora não temos pilotos brasileiros correndo na Fórmula 1, (mas) eu espero que, em pouco tempo, possamos ter um piloto para levantar nossa bandeira. Tomara que a gente tenha aí um nome forte", acrescentou.

Massa Williams - Lars Baron/Getty Images - Lars Baron/Getty Images
Massa deixou a Williams no fim de 2017; desde então, nenhum brasileiro disputou a Fórmula 1
Imagem: Lars Baron/Getty Images

Entre os nomes que podem chegar à categoria máxima do automobilismo mundial a curto prazo, a principal aposta de Massa é Caio Collet, piloto do programa de revelação de talentos da Renault, que disputa a temporada 2019 da Fórmula Renault Eurocup. Mas Collet não é o único.

"Tem um nome que eu acho que é possível ter a chance de chegar lá, um piloto muito competitivo, que é o Caio Collet. Mas também tem os irmãos Fittipaldi, o Pietro e o Enzo; temos o (Sérgio) Sette Câmara, que está na Fórmula 2 neste momento, que talvez seja o piloto que está mais próximo da Fórmula 1 - tomara que ele possa ser campeão neste ano para ter a chance de entrar na Fórmula 1, que não vai ser fácil mesmo assim", listou.

Morte de Senna: "Foi um dia muito triste"

Quando Ayrton Senna morreu em 1º de maio de 1994, Felipe Massa era ainda um garoto de 13 anos que começava sua carreira no kart. E mesmo jovem, o então futuro piloto de Sauber, Ferrari e Williams se emocionou com a notícia.

"Quando aconteceu o acidente do Ayrton Senna, há 25 anos, eu estava assistindo à corrida. No Brasil, a corrida é sempre de manhã, entre 8h e 9h. Na verdade, eu estava até dormindo, e uma pessoa que trabalhava na minha casa me acordou para eu ir assistir o acidente do Ayrton Senna. Fui assistir e fiquei impressionado", relembrou.

"Lembro que foi um dia muito triste para o Brasil, para o mundo, para o esporte. Lembro que chorei muito durante esse domingo. Foi uma lembrança muito triste - ainda mais para um brasileiro, que sempre tinha uma torcida pelo Ayrton Senna a cada domingo de Fórmula 1", completou.

No entanto, o acidente fatal no Grande Prêmio de San Marino acabou dando início a "uma lenda", segundo Massa. Para ele, o legado do tricampeão segue vivo ainda hoje.

"Ayrton Senna segue vivo, virou uma lenda, uma marca gigante. Já era, mais ainda mais depois da morte dele, virou um nome super importante, uma marca super importante, uma lembrança super importante. Sem dúvida, o nome Ayrton Senna segue vivo", analisou.

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