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De balada na pista a volante especial: 5 coisas que só acontecem em Mônaco

Curva Rascasse vira balada ao ar livre nas noites em Mônaco - Julianne Cerasoli
Curva Rascasse vira balada ao ar livre nas noites em Mônaco Imagem: Julianne Cerasoli

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Mônaco (MON)

25/05/2019 04h00

O GP de Mônaco está completando seu 90º aniversário em 2019, embora a prova só tenha passado a fazer parte do campeonato da Fórmula 1 quando ele começou a ser disputado, em 1950. De lá para cá, muita coisa mudou em termos da estrutura necessária para receber a categoria. Outros elementos, no entanto, permaneceram exatamente como nos anos 50, fazendo com que a corrida se tornasse única.

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Pista vira balada à noite: Diferentemente de outros circuitos de rua, em Mônaco a pista é liberada para o público logo depois que as atividades de pista acabam, todos os dias. Alguns trechos, como a reta de largada e a subida para o Cassino, ficam abertas ao trânsito normal, enquanto o trecho que vai do túnel até a Rascasse, é aberto só para os pedestres e, como há vários bares que ficam colados na pista e colocam suas mesas no asfalto, esse trecho do circuito acaba virando uma balada ao ar livre. Tem até controle de segurança instalado no meio da Rascasse, uma das curvas mais famosas do circuito. Não se paga para entrar, mas um copo de meio litro de cerveja custa o equivalente a R$ 45.

Mônaco curva Rascasse - Julianne Cerasoli - Julianne Cerasoli
Curva Rascasse antes de ser liberada para o público
Imagem: Julianne Cerasoli

Sexta-feira de folga: O GP de Mônaco é o único do calendário em que os treinos livres são disputados na quinta-feira e os pilotos e equipes têm uma folga na sexta. Isso costumava ter razões religiosas: historicamente, o GP sempre acontece na época do Dia da Ascensão, que é um feriado nacional no Principado. Porém, o feriado neste ano será dia 30, mas a programação acabou virando tradição em Mônaco por razões econômicas, pois quem vem para assistir à corrida acaba ficando mais tempo, e consumindo mais, na cidade.

Corrida com 50km a menos: Todas as corridas do calendário da Fórmula 1 têm 300km mais uma volta. A não ser Mônaco, limitada a 78 voltas, que representam 250km. Isso tem a ver com a média de velocidade da prova, a menor do campeonato e faria com que, se os 300km regulamentares fossem respeitados, o GP sempre terminasse no limite de tempo, que é de 2h. Essa mudança foi feita em 1968. Antes disso, o GP de Mônaco durava extenuantes 100 voltas - ou 315km. Para se ter uma ideia, Denny Hulme venceu a prova de 1967 em 2h34.

Volante adaptado: Os carros passam por algumas adaptações para lidar com as ruas de Monte Carlo, onde são usadas as maiores asas de todo o campeonato, para aumentar a pressão aerodinâmica, e as suspensões são amolecidas, para evitar que elas quebrem facilmente com toques no muro. Mas o mais curioso é o volante, que ganha um ângulo de esterço maior só para que os pilotos consigam fazer a curva Lowes, a mais apertada do campeonato.

Red Bull motorhome Mônaco - Julianne Cerasoli - Julianne Cerasoli
Sem espaço no paddock, a Red Bull traz um motorhome flutuante para Mônaco
Imagem: Julianne Cerasoli

Paddock dividido em dois: Com o crescimento da estrutura das equipes da Fórmula 1 nas últimas décadas, a região dos boxes passou por várias reformas para acomodar os times, e a solução que acabou sendo adotada foi dividir o paddock em dois: de um lado, ficam os motorhomes das equipes - e, no caso da Red Bull, um motorhome flutuante - e do outro lado da pista ficam os boxes, que têm dois andares. Então não é incomum ver as equipes içando motores inteiros pelas janelas para que os mecânicos trabalhem no andar de cima.

Lewis Hamilton liderou os dois treinos livres realizados na quinta-feira em Mônaco, mas viu o companheiro Valtteri Bottas ficar menos de um décimo atrás. Os carros voltam à pista neste sábado para o terceiro treino livre e a classificação, que começa às 10h da manhã pelo horário de Brasília.

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