Sob pressão, Emerson crê em sucesso e copia Ronaldo: "tenho tudo a ver com esse bando"

Já foram oito partidas pelo Corinthians, e Emerson ainda não balançou as redes. O Sheik começa a conviver com uma pressão para desencantar, ainda mais agora que assumiu a vaga do artilheiro Liedson, machucado. O centroavante de 32 anos fala em paciência para se adaptar ao time e crê que atingirá o sucesso nos seus dois anos de contrato no Parque São Jorge.

“Olhando o meu histórico, apesar de eu ser um cara tranquilo e reservado, falo aquilo que penso e ninguém pode me calar, não fico em cima do muro. Então acho que tenho tudo a ver com essa galera, com esse bando, essa loucura toda”, disse, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

A declaração faz referência ao canto da torcida "aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians". Assim, Sheik copia Ronaldo, que costumava dizer que era mais um louco no bando.

Atleta com um histórico polêmico, principalmente por sua saída conturbada do Fluminense depois de ser acusado de cantar o “Bonde do Mengão” no ônibus, Emerson afirma se identificar com clubes de massa, pois fez sucesso no Urawa Red, equipe mais popular do Japão, e no Flamengo.

“Estou aqui há pouco mais de dois meses e cheguei depois de dois meses sem jogar. Peguei o time voando, ganhando tudo, então ainda preciso mostrar, e sei que posso. Se não pudesse, pegava minhas coisas e ia embora curtir minha vida, meus filhos, minha família e amigos, mas sei que posso render muito aqui ainda e tenho certeza absoluta que o Corinthians tem tudo a ver comigo”, observou.

No último domingo, o camisa 11 foi titular pela primeira vez – nas outras sete vezes que esteve em campo, entrou no decorrer da partida. E foi justamente na sua estreia como titular que a equipe de Tite perdeu a primeira pelo Campeonato Brasileiro (1 a 0 para o Cruzeiro, no Pacaembu).

Sheik foi quem mais finalizou a gol, quatro vezes, porém não acertou o alvo. Mesmo assim aprovou seu desempenho.

“Fazia tempo que eu não jogava os 90 minutos, e pelo começo para mim foi muito bom. Fiquei satisfeito com a minha movimentação, sem sentir dor no tornozelo. Tive participação, competitividade durante os 90 minutos, mas é lógico que o resultado não foi o esperado”, opinou.

No esquema tático adotado por Tite, o 4-5-1 que varia para o 4-3-3, Emerson pode atuar como referência na área ou aberto pela ponta.

“O time joga de uma maneira, e estou entrando no esquema agora. Preciso de paciência, não digo nem o torcedor ter paciência, mas eu comigo mesmo para poder me encaixar e pegar esse entrosamento o quanto antes. Estou satisfeito com tudo o que vem acontecendo, tenho treinado bastante e conversado muito dentro de campo."