Queda do Corinthians passa por desfalques, má fase dos atacantes e erros defensivos
O aproveitamento do Corinthians nas últimas seis partidas foi de apenas 33,3% (uma vitória, duas derrotas e três empates), bem distante dos 93,3% dos pontos conquistados nas dez primeiras rodadas do Brasileiro.
Três são os principais motivos para a queda de rendimento: os desfalques, a falta de gols dos atacantes e as falhas defensivas. Mesmo assim, o time alvinegro segue como líder do campeonato, com 34 pontos e uma vitória a mais que o Flamengo no critério de desempate.
O departamento médico ficou movimentado depois da vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, em 20 de julho, quando Julio Cesar e Liedson se juntaram a Alessandro, Ramirez e Adriano. Chicão também virou desfalque em uma partida, além de Ralf, na seleção brasileira, e Jorge Henrique, suspenso.
“O Liedson, o Julio e o Alessandro voltaram, mas vão sentir a falta de ritmo, são naturais essas oscilações. Mas não fico chorando nos cantos por isso”, comentou Tite.
O problema agora está na lateral esquerda, pois Fábio Santos fraturou a clavícula e só volta em outubro, enquanto seu reserva Ramon deixou o Pacaembu, no último domingo (empate por 2 a 2 com o Ceará), com dores na coxa. Para encarar o Atlético-MG na quarta-feira, às 21h50, fora de casa, Ramon é dúvida e Chicão está suspenso.
Falhas defensivas
Até a décima rodada, o Corinthians havia sofrido apenas quatro gols (média de 0,4 por jogo). Nas últimas seis partidas, foram 8 gols contra (média de 1,33). A defesa já perdeu o status de menos vazada para o Palmeiras.
Quem começou falhando foi Renan, que agora virou terceira opção, atrás do titular Julio Cesar e do suplente Danilo Fernandes. Além disso, a zaga bateu cabeça, como no primeiro gol do Ceará, quando Chicão e Leandro Castan ficaram parados esperando Julio Cesar sair do gol e Osvaldo se aproveitou da indecisão. Julio Cesar admitiu que houve desatenção no lance. No segundo gol, o vacilo foi no jogo aéreo.
“Não podemos tomar três gols em um mesmo jogo [derrota por 3 a 2 para o Avaí], não podemos tomar dois gols em casa... Mas a questão é coletiva, não é culpa do Renan, nem do Danilo, nem do Julio. No segundo gol tínhamos dez caras nossos dentro da área marcando. Precisamos melhorar nesses detalhes”, opinou o meia Alex.
Atacantes em baixa
Durante a ausência de Liedson, Willian e Emerson Sheik não deram conta do recado. O camisa 7 não balança as redes desde 14 de julho, enquanto Sheik marcou um gol nas quatro partidas que foi titular.
Os meio-campistas têm compensada a má fase dos atacantes. Paulinho e Alex anotaram dois gols cada nos últimos quatro jogos.
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.