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Cardeais fazem pacto para esquecer guerra nos bastidores e dar paz a Felipão na luta ante queda

Belluzzo, Tirone, Della Mônica e Pescarmona se unem para acalmar Palmeiras - Arte/UOL com fotos da Folhapress
Belluzzo, Tirone, Della Mônica e Pescarmona se unem para acalmar Palmeiras Imagem: Arte/UOL com fotos da Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

04/09/2012 06h00

Falar sobre guerra nos bastidores já é algo comum no Palmeiras. Especialmente em uma época em que se avizinham as eleições presidenciais, marcadas para janeiro de 2013. É justamente este rótulo que cardeais da política do clube tentam mudar. Pelo menos por enquanto, com a equipe de coração brigando para não ter uma nova mancha na história quase centenária: o segundo rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Nomes como o atual presidente, Arnaldo Tirone, e outros que já ocuparam o cargo, como Luiz Gonzaga Belluzzo e Affonso Della Mônica, além do ex-diretor de futebol e candidato a presidente para a próxima eleição, Wlademir Pescarmona, fizeram um pacto para que as notícias sobre grupos políticos, alianças e conchavos não sejam destaque na mídia. Isso se estende também aos conselheiros que fazem parte de suas chapas.

A ideia do pelotão é passar o máximo de tranquilidade ao ambiente comandado por Luiz Felipe Scolari. Recentemente, por exemplo, a polêmica que norteou o noticiário palmeirense foi a busca por um dedo-duro que tenta destruir a relação saudável entre jogadores e comissão técnica.

Dentro de campo, esse problema já havia sido detectado pelo gerente de futebol, César Sampaio. O ex-volante foi incisivo em declarar ao UOL Esporte que não deixaria que problemas políticos atingissem seu ambiente. Ele também fez a relação de que, no Palmeiras, tudo virava "bengala" para enfraquecer um grupo do qual uma pessoa não faz parte.

A entrevista, de imediato, gerou impacto negativo. O fato de Sampaio afirmar que entregaria o delator à torcida organizada foi indicada como uma incitação à violência. Dias depois, no entanto, a declaração fez com que rivais políticos tentassem se unir em torno de um só objetivo, coisa que é normal na maioria dos clubes, mesmo em época eleitoral.

A quatro meses da eleição que definirá quem é o presidente do centenário e que inaugurará a Nova Arena, Arnaldo Tirone, Wlademir Pescarmona e Décio Perin são os nomes que já se colocam como candidatos. Paulo Nobre não admite publicamente, mas o UOL Esporte apurou que ele também lançará sua candidatura.

Há, ainda, um trabalho de bastidor para que o Affonso Della Mônica lance sua chapa. Caso isso se confirme, a tendência é que Perin e Pescarmona se unam ao ex-presidente em um só grupo, o que praticamente definiria o resultado das urnas.