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Grupo aliado à diretoria do Flu pede demissão de Vanderlei Luxemburgo

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/10/2013 16h26

A derrota de virada por 3 a 2 para o Vitória no último domingo não caiu bem no Fluminense. Embora o diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, tenha garantido o técnico Vanderlei Luxemburgo no cargo, o Flusócio, principal grupo de apoio ao presidente Peter Siemsen, pede a demissão do treinador.

A cobrança foi feita através do blog do grupo político ainda na noite domingo. Segundo o comunicado, a derrota para o Vitória com um jogador a mais em campo foi um “resultado desastroso, que impõe correções de rumo emergenciais” nas Laranjeiras.

O grupo ainda pediu que a diretoria cobrasse a preparação física do clube pela grande quantidade de jogadores lesionados no Fluminense. Segundo os aliados políticos de Peter Siemsen, o departamento médico também precisa ser questionado pela demora na recuperação de atletas contundidos.

Vale lembrar que o próprio presidente Peter Siemsen foi contra a contratação de Vanderlei Luxemburgo, mas foi convencido a aceitar o treinador por Celso Barros, homem forte da Unimed Rio, que banca grande parte dos salários de jogadores do Fluminense. Na época, o mandatário tricolor chegou a admitir o impasse com a patrocinadora pelo nome do atual comandante da equipe.

Confira a íntegra do comunicado:

“Em mais um jogo de inacreditável mediocridade e incompetência, o time do Fluminense conseguiu sucumbir diante do Vitória com um jogador a menos em campo desde os 16 minutos de jogo. Um resultado desastroso, que impõe correções de rumo emergenciais.

O Flu entrou em campo muito mal escalado, novamente com 4 volantes no meio-campo num jogo em que precisava muito da vitória. A expulsão de um jogador adversário no início da partida equilibrou as coisas a nosso favor, mas mesmo assim levamos 1×0. Logo depois conseguimos o empate, mas time continuou sem ameaçar pra valer o gol adversário até o intervalo. A única exceção foi um chute cruzado de Sóbis, defendido pelo goleiro Wilson com os pés.

Na segunda etapa, o óbvio: Felipe, o único meia do elenco à disposição, entrou no jogo e enfiou bola precisa para Biro-Biro cruzar e Sóbis fuzilar para as redes. A torcida respirou aliviada, mas logo depois o time conseguiu levar o empate e a virada em apenas 3 minutos, demonstrando pegada frouxa, marcação sem compactação, atitude apavorada, enfim, postura incompatível para um time que jogava apoiado por 30 mil pessoas e precisava vencer dentro de casa. Dali em diante, o que se viu depois foi um time sem confiança nenhuma, desastroso em todas as tentativas ofensivas.

Marcamos 3 pontos nos últimos 21 pontos possíveis e atualmente jogamos certamente o pior futebol da Série A. Independente dos erros no planejamento, nosso time está sem alma, sem confiança, e o treinador atual parece não mais ter o comando, tranquilidade e liderança necessários para reverter o quadro.

O Departamento Médico e Preparação Física também precisam ser cobrados, pois a torcida não aguenta mais os prazos indefinidos e invariavelmente muito longos para a recuperação de atletas importantes como Fred, Wagner, Digão, Carlinhos e Valencia. Estamos guardando estes caras pra quando?

A situação é difícil mas não se pode entregar os pontos, é preciso agir. Em 2009, com ajuda de Peter Siemsen, Ricardo Tenório e Mário Bittencourt, o Fluminense conseguiu reverter um quadro quase impossível. Então que desta vez também não pequemos por omissão”