Topo

Diretor da Globo rebate críticas de Rogério Ceni: 'não faz sentido'

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

14/11/2013 10h37

Rogério Ceni responsabilizou a Rede Globo, na quarta-feira, pelo calendário de jogos na temporada. O goleiro entende que o excesso de partidas em curto intervalo provocou extremo desgaste dos atletas, interferindo na qualidade das partidas do Brasileirão. As críticas de Ceni foram rebatidas pelo diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto.

O profissional da Rede Globo foi informado pelo UOL Esporte sobre o desabafo de Rogério Ceni.

Afirmando não ter acompanhado a declaração de Ceni na íntegra, Campos Pinto evitou um comentário mais aprofundado sobre o assunto, sendo breve no comentário.

“Muito estranho [o teor do comentário do Rogério Ceni]. Não faz sentido. Mas a Central Globo de Comunicações é quem pode dar um comunicado sobre esse assunto”, disse Campos Pinto.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Globo e espera o retorno da emissora que deve soltar uma posição oficial sobre as falas do goleiro. 

Após a vitória do São Paulo contra o Flamengo por 2 a 0, em Itu, Rogério Ceni reforçou o apoio ao movimento de atletas Bom Senso FC, apontando a Globo como um dos “adversários”. 

A emissora detém os direitos dos principais torneios nacionais e sul-americanos de futebol.

"Por que a Globo não pode ter jogo de segunda-feira? Futebol para o país, dá audiência todo dia. Os atletas se predispõem a ajudar, a jogar. Só não pode jogar quarta, domingo, quarta, domingo. Podemos desmembrar uma rodada no fim de semana. Campeonato Paulista não pode ter 23 rodadas. Isso não é encrenca, chama-se bom senso, que dá nome ao movimento. E não é nada político. Se tiver algo político nesse movimento um dia, eu sou o primeiro a ir embora", falou Ceni.

O goleiro do São Paulo é favorável à reformulação nas fórmulas do Campeonato Paulista. Os atuais são desgastantes e prejudicam os clubes menores.

“Se tiver mais jogos de times menores, que ficam parados durante sete meses, vai ter mais jogadores, mais arbitragem. O que a gente defende é mais partidas, mais mão de obra para todos, para vocês da imprensa também. A gente não está aqui para brigar. Não queremos chegar ao ponto de fazer greve. Queremos que se possa fazer um campeonato estadual para 80 times paulistas. Por que não, no meio do ano, para times menores? Estado de São Paulo tem mais de 100 equipes de futebol, com jogadores que ganham dois ou três salários mínimos. Isso é como injetar dinheiro na economia".