Palmeiras joga bem, mas perde em casa para o Goiás e continua sem vencer

O Palmeiras jogou bem, fez um primeiro tempo excelente, mas saiu do Allianz Parque derrotado pelo Goiás, por 1 a 0, em jogo disputado no fim da manhã deste domingo (24), pela terceira rodada do Brasileirão. O jovem Kelvin e o veterano Zé Roberto tiveram atuações muito boas e comandaram o meio de campo, criando diversas chances que não se confirmaram. No segundo tempo, porém, o Goiás aproveitou um erro da defesa palmeirense para marcar e definir a vitória.

A equipe treinada pelo técnico Oswaldo de Oliveira chega ao terceiro jogo sem vencer na competição - são dois empates e uma derrota até agora. O Goiás vai a sete pontos e fica no topo da tabela.

Fases do jogo

O Palmeiras fez um primeiro tempo excelente, mas não conseguiu marcar. O grande diferencial da equipe foi Kelvin, que atuou como ponta direita e teve uma atuação de gala na primeira etapa. Zé Roberto, jogando no meio de campo, fez com que o time de Oswaldo de Oliveira dominasse a posse de bola.

O jogo começou com a principal torcida organizada do clube quieta - protesto silencioso em razão dos preços dos ingressos - e com o uniformes trocados. Em pleno Allianz Parque, o Palmeiras optou por jogar de branco e fez com que o Goiás vestisse a habitual cor verde. Nas arquibancadas, as placas do patrocinador do estádio não tiveram o nome coberto, dessa vez.

A primeira grande chance do Palmeiras saiu dos pés de Egídio. O próprio lateral esquerdo cometeu um erro, espirrou uma bola, mas conseguiu desarmar na mesma jogada e lançar Leandro Pereira na área. O atacante, porém, finalizou em cima do goleiro Renan.

Na sequência, Zé Roberto e Kelvin construíram jogada em troca de passes que deixou Leandro Pereira novamente na cara do gol. Ele acabou adiantando demais a bola e não conseguiu finalizar.

O 4-2-3-1 de Oswaldo de Oliveira teve, na linha de três ofensiva, Kelvin pela direita, Valdivia no centro e Zé Roberto pela esquerda. Kelvin, já na metade do primeiro tempo, começou um show particular de jogadas individuais. Com uma qualidade de drible impressionante, criou diversas chances para a equipe. Se ele se colocava em posições ofensivas para receber mais perto do gol, Zé Roberto voltava para receber o passe o quanto antes e construir jogadas. A atuação do meia, veteraníssimo, foi a mais importante para que o time se fizesse dominante.

Valdivia, porém, destoou dos dois companheiros de posição. O chileno errou demais, de passes simples a jogadas decisivas. Em uma das excelentes jogadas de Kelvin, Valdivia errou dentro da área do Goiás e perdeu a chance.

Apesar do jogo bonito, a melhor chance do Palmeiras aconteceria por acaso. No fim da primeira etapa, Lucas cruzou, a bola bateu em Leandro Pereira, bateu em Zé Roberto e quase entrou. O Goiás, até os primeiros 45 minutos, pouco jogou. Quando teve a bola, lançou nas costas dos defensores adversários - levou perigo apenas uma vez ao gol de Fernando Pras.

A intensidade do Palmeiras não permaneceu. Na volta dos times para o segundo tempo, o time de Oswaldo de Oliveira se mostrou sem a mesma temporização e abriu espaços para o Goiás.

Em cobrança de falta do Goiás, quase o primeiro gol do jogo: Forster levantou na área e Alex Alves, no meio da zaga, finalizou por cima do gol de Prass. Oswaldo, então, fez a primeira mudança e trocou Leandro Pereira por Cristaldo.

A chance mais assustadora para o Palmeiras, ainda, viria em erro de Fernando Prass. O goleiro saiu para tentar dominar bola na lateral direita, cometeu um erro e viu o atacante Bruno Henrique roubar a bola. O jogador do Goiás avançou pela área e finalizou, mas o zagueiro Vitor Hugo bloqueou o chute e impediu a abertura do placar.

Em jogada na sequência, Cristaldo recebeu na área e cabeceou na trave. Zé Roberto ainda conseguiu aparecer na cara do gol em jogada pela esquerda, finalizou por cobertura, mas mandou para fora.

O gol do Goiás sairia em um erro da defesa do Palmeiras. Bruno Henrique apareceu livre entre os zagueiros, progrediu para o ataque, ganhou dividida, driblou o goleiro Fernando Prass e tocou para Péricles empurrar para o gol. Na comemoração, Bruno Henrique foi para a torcida do Goiás e acabou expulso pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique, que distribuiu cartões à vontade. Com um jogador a mais, o Palmeiras aumentou a pressão, mas teve dificuldade para chegar ao gol mesmo assim.

Nos minutos finais da partida, o zagueiro Victor Ramos ainda foi expulso após confusão na área ofensiva.

O melhor: Kelvin

O jovem meia-atacante deu show particular. No primeiro tempo, levantou a torcida com jogadas e ficou muito perto de marcar. Em quase todos os momentos em que teve a bola, driblou pelo menos um marcador.

Ainda na primeira etapa, contou com a parceria de Zé Roberto para construir. Enquanto o veterano criou espaços, ele aproveitou aparecendo em posições ofensivas para receber. Sua principal jogada, ainda na primeira etapa, foi driblando três marcadores e costurando a defesa do Goiás, da direita para dentro do campo. Finalizou forte, mas viu o goleiro Renan fazer boa defesa.

O pior: Rafael Forster

Teve imensos problemas para bloquear e marcar Kelvin. Perdeu o ponta palmeirense de vista quando a bola estava longe. Quando no pé do rival, não conseguiu pará-lo. Fez com que a defesa do Goiás fosse presa fácil no jogo.

Menção ainda para Fernando Prass, que comprometeu o Palmeiras ao errar em lance antes do gol, tentando sair com a bola. Depois, foi driblado por Bruno Henrique na jogada que definiria o gol de Péricles, que abriu o placar.