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Jardine vê São Paulo com "cabeça descansada" e espera maior eficiência

Do UOL, em São Paulo (SP)

14/03/2018 22h19

Dois jogos, duas escalações diferentes e duas vitórias com três gols marcados. Assim termina mais uma passagem de André Jardine como interino no São Paulo, que venceu o CRB por 3 a 0 nesta quarta-feira e se classificou para a quarta fase da Copa do Brasil. O agora auxiliar-técnico do time profissional agora trabalhará ao lado de Diego Aguirre e aposta que o Tricolor terá um novo perfil, com prioridade à eficiência nos resultados. E nessa busca aposta que a cabeça dos jogadores estará mais aliviada do que se via desde a luta contra o rebaixamento em 2017, até a queda de Dorival Júnior.

"As conversas têm sido muito boas (com Aguirre). Tivemos pouco tempo e falamos mais dos jogos, principalmente o de e hoje (quarta) que era uma decisão. Montamos juntos a estratégia, a equipe, pensando em conjunto, porque ele ainda não conhece tão bem o elenco. Construímos bem a ideia. O jogo de hoje começou a ser construído no sábado, contra o Red Bull, quando preservamos alguns jogadores e agora tivemos um time mais descansado, principalmente de cabeça", analisou.

O próximo compromisso do São Paulo na temporada é às 16h de sábado, no Anacleto Campanela, contra o São Caetano. Será a abertura das quartas de final do Paulistão. Para Jardine, a hora é de pensar em um time mais vibrante e competitivo do que em uma equipe que jogue bonito. O momento vivido pelo Tricolor, que encara seca de títulos de seis anos, pede essa receita.

"O momento é difícil, por isso mudaram o comando. E como toda mudança vamos passar por um período difícil, de novas ideias, treinamentos e cabeças. Isso vai mexer com todos e por isso todos precisam se ajudar para que as coisas funcionem. Precisamos ter sempre um time competitivo, mesmo que nem sempre seja um futebol vistoso. Queremos criar um time mais eficiente possível e espero que a torcida entenda isso", alertou.

Vitória convincente e classificação

O CRB é uma excelente equipe, muito bem treinada. Gosto muito do Mazola (Júnior, técnico do time alagoano), muito boa pessoa e muito bom técnico. Nos formamos juntos no curso (de treinadores) da CBF. Um dos temas de minha preleção foi para respeitar o CRB e que duelássemos a cada lance. Eles tornaram nossa vitória muito difícil, valorizou tudo. O placar premiou a determinação e nossa qualidade. Mas sem essa determinação, sem o trabalho coletivo feito, o talento não vence.

Chance para garotos

O terceiro gol me oportunizou colocar os meninos em situação favorável. É o ideal, mas nem sempre será assim. Era o momento certo para dar mais minutos para o Lucas (Fernandes, não jogava desde 31 de janeiro). Ele é uma joia que o São Paulo tem e eu sei bem o potencial dele. Trabalhamos dois anos, com muitos títulos e o gol do título da Libertadores foi dele. Acredito muito nele. E o Brenner entrou por merecimento. Ele precisava jogar um tempo para mostrar o potencial para o Aguirre. Agora a escolha é exclusivamente do Aguirre. Quem estiver melhor vai jogar.

Diego Aguirre

A gente tinha essa ideia em conjunto de dar chance a todo o grupo. E parte dos jogadores conseguiu entrar, mostrando seu potencial, mostrando que o grupo é forte. Tem muita alternativa aqui dentro. Que seja uma competitividade interna grande, com todos buscando espaço e um grupo forte, com dois times capazes de levar o clube adiante nas competições. Vai ser fantástico trabalhar com o Aguirre, que já tem uma história no futebol. E eu estou começando agora no profissional. Vai ser muito legal absorver, entender como ele trabalha. As informações são as melhores. Dele e da comissão que traz. Estou ansioso e motivado para saber que vou aprender muito e poder contribuir.