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Colecionador de ingressos antigos, atleticano quer foto para 'lembrar título'

Bruno Capuruçu esteve no Defensores del Chaco na derrota para o Olimpia, por 2 a 0 - Arquivo pessoal
Bruno Capuruçu esteve no Defensores del Chaco na derrota para o Olimpia, por 2 a 0 Imagem: Arquivo pessoal

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

23/07/2013 06h00

Colecionador de ingressos de jogos marcantes em sua adolescência, o atleticano Bruno Capuruço tem boas lembranças da decisão da Conmebol de 92, contra o Olimpia. De volta ao Mineirão nesta quarta-feira, novamente contra o time paraguaio, o torcedor do Atlético-MG espera que a final da Libertadores faça parte do seleto grupo de jogos memoráveis de sua vida e trocará, a entrada, por fotos, para juntar à sua galeria de recordações.

Sem poder contar com um ingresso impresso, para o segundo jogo da decisão, já que é sócio-torcedor do clube e possui o cartão Galo na Veia, Bruno pretende utilizar fotos do estádio, ou algum outro papel encontrado e que seja marcante, para guardar na sua coleção de entradas, caso o Atlético consiga reverter à vantagem do Olimpia e fique com o título da Libertadores.

“Lamento que o Galo Na Veia não tenha um ‘canhoto’ para guardar, lamento principalmente por jogos muito marcantes para mim como este em que o Galo vai ser campeão da Libertadores e como o jogo em que levei meu filho pela primeira vez ao estádio”, lamentou Bruno Capuruço, de 37 anos.

  • Arquivo pessoal

    Bruno Capuruçu coleciona entrada de jogos históricos do Atlético-MG em épocas diferentes

“Mas hoje é diferente, temos a facilidade de tirar fotos, algo que não tinha na época, então os registros são até mais legais do que os canhotos dos ingressos. Mas, na verdade, não me importo muito com isso, não sou daqueles que ficam filmando e fotografando acho que o mais importante é viver o momento e as lembranças sempre ficarão na nossa memória”, acrescentou o torcedor.

Em sua coleção de ingressos, que conta mais de 40 entradas, alguns jogos ficaram marcados para o torcedor. “Semana passada resolvi procurar este contra o Olimpia e vi vários bem legais. 11 a 0 contra o Caiçara (fui com meu pai), jogos de títulos contra o Cruzeiro, América-MG, Democrata-GV, a estreia do “Supergalo” (3 a 0 sobre o Valério Doce), teve um jogo da seleção (brasileira) pelas eliminatórias de 1994, 4 a 0 contra a Venezuela”, recordou.

“Guardava os ingressos dos meus 13,14 anos até os 16,17 anos. Não guardava todos. Se o Atlético perdia, jogava fora, se empatava raramente guardava. Depois fiquei ‘velho’ e perdi a paciência. Eu chegava em casa e já escrevia placar, autores dos gols e guardava numa caixinha, onde estão até hoje, todos bem conservados”, explicou Bruno.

Porém, com a campanha de 2013 do Atlético na Libertadores, em que o time poderá conquistar o inédito título, Bruno voltou a guardar os ingressos dos jogos em que esteve presente, como recordação. O torcedor esteve nas partidas contra o São Paulo (2 a 1) e (4 a 1) e viajou para o Paraguai, onde acompanhou o primeiro jogo da decisão contra o Olimpia, na derrota por 2 a 0.

Ingresso guardado com maior recordação e xodó do torcedor, é o da segunda partida da final da Conmebol de 1992, quando o Atlético venceu o Olimpia, no Mineirão, por 2 a 0, ganhando assim sua primeira taça da competição. “Eu tinha 16 anos, me lembro da chuva que caiu no Mineirão, me lembro perfeitamente dos dois gols do Negrini, lembro que fiquei no antigo ‘chiqueirinho’ (torcida do América)”, lembrou Bruno que foi ao jogo com o pai e amigos.

  • Reprodução Instagram

    Torcedor do Atlético-MG Bruno Capuruçu postou no Instagram o ingresso para o triunfo alvinegro mineiro sobre o Olimpia pela Conmebol de 1992, no Mineirão, vencido pelo mandante por 2 a 0

Bruno explica a razão de o jogo ter ficado marcado em sua vida. “Acho que mais por este fato de comemorar este título internacional inédito, até então eu só havia comemorado títulos de Campeonato Mineiro, não que não sejam importantes, toda vez que um atleticano grita ‘É Campeão’ ele se enche de orgulho. Torcer para o Galo já é por si só motivo de orgulho”, disse.