Para alegria do papa: San Lorenzo vai pela 1ª vez à final da Libertadores
Em Buenos Aires, celebração de milhares. Em La Paz, centenas que viajaram. No Vaticano, de um homem só. Todos, porém, comemorando o mesmo feito: o San Lorenzo, pela primeira vez na história, está na final da Copa Libertadores. O Papa Francisco pode afirmar: logo em seu 2° ano de papado, verá seu time na final da principal competição da América do Sul. O feito foi conquistado na Bolívia, nesta quarta-feira: derrota de 1 a 0 para o Bolívar, placar mais do que suficiente para a conquista da vaga.
Como na partida de ida os argentinos haviam goleado por 5 a 0, só restava mesmo a espera pelo apito final desta noite. Ele chegou e, agora, resta esperar o Nacional, pequeno time paraguaio que também faz história: a final da Libertadores será inédita para ambos. De um lado, um time com pequena torcida, apoiado pelo resto do Paraguai; do outro, um time com torcida gigante, querendo apagar a piada que diz que CASLA, a sua sigla, significa Clube Atlético Sem Libertadores da América.
Fases do jogo: Tentando o milagre, o Bolívar tentou pressionar o San Lorenzo no começo do jogo, chegando a acertar a trave do goleiro Torrico. Mas nem a altitude ajudou: depois do lance perigoso, só chutes de fora da área foram criados na primeira etapa pelos bolivianos. O San Lorenzo, enquanto isso, andava em campo. Não havia por que se esforçar quando, com cinco gols de vantagem, o ar rarefeito era um aliado do rival.
Na segunda etapa, o Bolívar perdeu chance com Chávez, na marca do pênalti, livre: ele isolou. Minutos depois, foi a vez de Eguino, da marca do pênalti, errar cabeçada, também sozinho. A esperança diminuiu, a pressão também. Restou jogar pela honra, e uma pequena alegria foi dada aos bolivianos que lotaram o estádio Hernando Siles no final da partida: nos acréscimos, Yecerotte fez 1 a 0. Longe do necessário.
O melhor: Torrico - Se na partida de ida o San Lorenzo teve como força o ataque, nesta quarta foi a vez de Torrico, o goleiro dos argentinos, se destacar. Quando foi preciso, evitou gols do Bolívar com defesas seguras.
O pior: Chávez - Perdeu a melhor chance do Bolívar além do gol. Se o time precisava fazer cinco, o primeiro passo era abrir o placar cedo. Esteve nos seus pés a chance.
Chave do jogo: O San Lorenzo não precisou forçar o jogo, e ficou descansado até o final, apesar da altitude de La Paz. O Bolívar correu para tentar o impossível. Só que realmente era impossível - ainda mais com tantos gols perdidos.
Toque dos técnicos: Xabier Azkargorta, o técnico do Bolívar, lançou seu time ao ataque, brigou com os árbitros e gritou muito na beira do campo. Era o que dava para fazer, além de rezar para que seu ataque fizesse milagre. Não fez.
Para lembrar:
Anteriormente, o San Lorenzo já havia disputado três semifinais de Libertadores, perdendo todas: em 1960, caiu para o Peñarol-URU; em 1973, para o Independiente-ARG (grupo de três equipes, no qual foi vice na frente do Millonarios-COL); e em 1988 foi eliminado pelo Newell's Old Boys-ARG.
A torcida do Bolívar chegou a colocar fogo na arquibancada do estádio: uma fogueira foi acesa com papel higiênico no final da segunda etapa. Depois do gol da vitória, até "olé" cantou.
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